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Aclimatação: após 100m de cascata, a volta ao base


Bonga ajuda a carregar escadas de alumínio que servirão de pontes improvisadas sobre as gretas. (foto: Arquivo O Brasil do Everest)

Em fase de aclimatação na subida do Everest (8.848m), a montanha mais alta do mundo, o time brasileiro composto por Waldemar Niclevicz, Irivan Burda, Marcelo Santos (Bonga), Alir Werner e Paulo Souza subiu 100 metros da Cascata de Gelo, uma fase inicial e uma das mais perigosas da ascensão da montanha. A neve e a grande quantidade de gelo no local teriam impedido a equipe de avançar mais. Como de praxe nesta etapa do processo de escalada em alta montanha, quando o corpo precisa se acostumar aos poucos ao ar rarefeito, os alpinistas estão de volta ao acampamento-base, a 5.400m de altitude.

A escalada da Cascata de Gelo, um labirinto de água congelada, começou na última quarta-feira (28/08), quando os alpinistas deixaram o acampamento-base e fixaram 400 metros de corda que servirão para transportar os equipamentos até o acampamento 1, localizado exatamente no alto da cascata (6.100m). A quinta-feira foi de descanso e de reparos, já que a neve que caiu sobre a região danificou o teto da barraca utilizada pela equipe como refeitório.

Hoje uma passagem se abriu para que se continuasse a subida da Cascata. “O aparente milagre não nos deixou assim tão tranqüilos. Percebemos que a Cascata de Gelo está muito instável, ruídos por todos os lados e blocos de gelo desabando durante todo o dia. O Irivan disse ter visto um bloco do tamanho de um Fusca rolando montanha abaixo”, descreve Niclevicz em seu relato diário para o site da expedição www.obrasilnoeverest.com.br.

Este texto foi escrito por: Webventure