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Adriana Kostiw avalia a raia chinesa para Olimpíadas


Adriana foi bronze no Pan 2007 (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)

A velejadora brasileira Adriana Kostiw esteve presente no evento-teste para as Olimpíadas da China no ano que vem. Adriana velejou no fim de agosto em Qingdao, a 870 quilômetros de Pequim, cidade que foi preparada para receber a Vela nos Jogos. “A cidade foi toda mudada por causa das Olimpíadas. Já está quase tudo pronto para receber os atletas, uma estrutura muito grande. Mas, fora do que foi construído, a cidade é muito pobre”, comentou a brasileira.

“Na parte de vela está um absurdo de organização. Cada país tem dois voluntários. A estrutura não tem o que dizer, está preparadíssima desde o ano passado”, completou a velejadora, que compete pela classe Laser Radial.

Na Pré-Olímpica de agosto mesmo período em que os Jogos irão acontecer o que sobrou de estrutura faltou de vento. Para piorar, a região tem muita correnteza e ondas grandes. “Houve vento, muita corrente, muita onda e dias abafados. Não conseguia usar minha lycra, fiquei só com o [colete] salva-vidas”, comentou. “Chegamos à conclusão que o melhor lugar para treinar é na Enseada do Guarujá”, disse Kostiw, que por causa de cancelamentos nos dias de regata afirma também ter lido dois livros durante a Pré-Olímpica.

A raia é tão complicada que brasileiros como Robert Scheidt e Ricardo Winicki, o Bimba, pretendem viajar até a China meses antes das Olimpíadas, para treinar, segundo Adriana.

“Ainda não sou especialista no vento fraco. Para mim estava difícil. Acho que também estava um pouco acima do peso para vento fraco. Agora vou ter que diminuir um pouco meu peso, mas ainda pensar no mundial da Nova Zelândia, que será em março”, contou.

Na primeira classificatória para as Olimpíadas, Adriana ficou a uma posição de conquistar a vaga. Atrás da argentina Cecilia Saroli. “Mas no Pan eu tirei a medalha dela”, disse.

Além do vento, a brasileira tem outro pedido para os chineses. “Um pedido geral foi que a comida seja internacional. Sofremos com a comida lá. Teve um dia que comi um prato com enguia, e em outro comi uma carne tão estranha que suspeito ser de cachorro”, conclui a velejadora.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa