Foto: Pixabay

Adventure Fair 2006 reuniu características de edições anteriores

Trekking no caminhão de gelo (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Trekking no caminhão de gelo (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

A Adventure Sports Fair começou em 1999 como um verdadeiro parque de diversões de esportes de aventura e turismo. Algumas edições depois a característica da feira mudou para exposição de novidades e lançamentos das principais marcas do mercado. As últimas edições foram voltadas mais para a venda de produtos.

A oitava edição da feira, que terminou ontem na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, foi uma mistura de características das edições anteriores. De um lado ficou mais diversificada, porém de outro não teve foco. As atrações diminuíram, poucos estandes vendiam produtos e algumas das principais marcas e provas do segmento não compareceram.

Com o crescimento dos salões de turismo no Brasil e a proximidade das eleições, poucos estados e prefeituras expuseram na feira. Mesmo assim, o resultado foi positivo. “O público já veio sabendo que iria encontrar propostas de viagens na feira e as agências que vieram conosco obtiveram resultado”, comentou Rafael Andreguetto, do Sebrae Paraná. “Porém eu reparei uma perda de público da feira, acho que ela se tornou mais comercial, voltada para equipamentos, e não tanto para o ecoturismo”, concluiu. Ele também ressaltou que as principais feiras de turismo do país não passam de quatro dias, e a Adventure Fair, que é segmentada, possui cinco.

Marcas – As marcas de equipamento comemoraram a participação na feira este ano. “Tivemos o melhor retorno sobre os nossos produtos de toda a história da Adventure Fair”, comentou Alexandre Barbone, gerente de marketing da Kailash. A marca estava apenas expondo na feira, não vendeu nenhum produto. “Estamos com lançamentos que ainda não chegaram nas lojas, e também existem pontos de venda bem próximos da Bienal. Não quisemos criar uma concorrência”, disse. Itens como a cadeirinha de montanhismo feminina e uma especial para corrida de aventura foram exibidas em primeira mão na feira.

A Timberland preferiu montar uma loja para expor e vender a linha técnica da marca, voltada para a prática de esportes. “Vendemos para o cliente final e tivemos um retorno satisfatório, principalmente na parte dos calçados”, comentou Rui Furtado, responsável pelo marketing da marca na feria.

Esportes gelados foram o grande diferencial deste ano. A prefeitura de São Roque junto com o Ski Mountain Park da cidade construíram uma pista para ski e snowboard de 35 metros, que precisava ser preenchida diariamente com uma tonelada de gelo triturado. O governo da Argentina e empresas de turismo da Patagônia colocaram uma carreta com gelo na parte de fora da Bienal do Ibirapuera para os visitantes terem a rápida experiência de um trekking gelado.

A parede de escalada, a via de arvorismo, a tirolesa e o parque para as bikes não foram montados. No lugar houve um rapel pelo vão da Bienal e uma roda onde era possível dar voltas e ficar de ponta-cabeça preso em uma bicicleta.

No segundo andar era possível assistir à alguns filmes no II Festival Brasileiro de Filmes de Aventura e Turismo, com diversas sessões e mais de 20 títulos transmitidos em um pequeno estande. “Tivemos mais ou menos 15 pessoas por sessão assistindo aos filmes”, comentou Yuri Sanada, um dos organizadores. “A nossa idéia foi juntar amadores e profissionais, já que o futuro do cinema brasileiro é olhar para o lado do turismo. O Brasil só vende sua miséria e os estrangeiros estão fazendo filmes sobre turismo e aventura aqui”, disse Yuri.

Corrida de Aventura – A segunda etapa do circuito Mundo Terra Raciers terminou dentro da Bienal do Ibirapuera ontem, como um dos últimos eventos da Adventure Fair. A prova largou no próprio domingo de Embu-Guaçu e teve cerca de 40 quilômetros. O último PC foi no Parque do Ibirapuera e os atletas ainda tiveram que descer no rapel montado dentro da Bienal para concluir a prova.

“O começo foi difícil por causa da navegação e nos 16 quilômetros de canoagem pela represa de Guarapiranga estava ventando muito. Já a parte de Bike foi muito tranqüila, inteira urbana, da Marginal do rio Pinheiros até o Parque do Ibirapuera”, contou Paulo Nepomuceno da equipe E-lama.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: agosto 28, 2006

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure