Público esperado é de 90 mil pessoas. (foto: Luciana de Oliveira / Arquivo Webventure)
Tornar a prática de esportes e do turismo de aventura mais abrangente e com mais qualidade. Em sua quinta edição, este deverá ser o objetivo da Adventure Sports Fair, maior feira do segmento em toda a América Latina. O evento acontece de 12 a 16 de novembro, no local de sempre: a Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.
O público já está acostumado a ver esses três pisos do edifício se transformarem na casa da aventura, cada vez com números mais vultosos: em 1999, edição de estréia, havia 125 estandes; agora, serão cerca de 270 expositores. Espera-se que sejam visitados por 90 mil pessoas, ligeira elevação sobre os 86 mil registrados no ano passado.
Mais do que aumentar o público, o evento quer dar opções mais variadas a ele. Desta vez o número de destinos de ecoturismo oferecidos na feira triplicou. E a idéia não é atingir só o perfil básico, formado pelo trio classe A/B-com idade de 20 a 30 anos-solteiro. Na coletiva para a imprensa realizada ontem, na capital paulista, empresários do setor falaram de aventura para idosos, deficientes físicos e famílias inteiras.
Da primeira à terceira idade – Às vezes o cliente pergunta se pode levar os pais junto na viagem ou passeio. E, na maioria das ocasiões, se diz que não é adequado por conta da atividade ou da estrutura do local, explica Edgar Werblowsky, da agência de ecoturismo FreeWay. Comemorando 20 anos de atuação no mercado, a empresa está lançando roteiros para a chamada terceira idade. Os destinos praticamente são os mesmos já tradicionais, apenas fazemos as adaptações necessárias, por exemplo, nos locais de hospedagem e nas refeições, diz o empresário.
Também convidada para a entrevista, a empresa do ramo de equipamentos outdoor Serelepe divulgou que na feira vai apresentar uma linha voltada para as crianças, a fim de que elas possam se equipar para acompanhar seus pais nas atividades.
“Um pé na aventura” – Sucesso em 2002, o Adventure Park, no piso inferior da feira, vai trazer novamente o Verticália, circuito de arvorismo da Alaya Expedições, e com duas versões, uma delas exclusiva para crianças com até 4 anos ou 1,45m de altura. Qualquer visitante poderá desfrutar das atrações do parque, que incluem pista de off-road, simulador de snowboard e parede de escalada. A idéia é que as pessoas ponham um pézinho na aventura e, posteriormente, vão dali para a natureza, comenta Rogério Ribeiro, diretor comercial da Promotrade, empresa organizadora da Adventure Fair.
O Adventure Congress, circuito de palestras que ocorre em paralelo à feira, vai trazer nomes bastante conhecidos da aventura, mas não com o objetivo de mostrá-los como heróis. Heloísa Schurmann, Helena Coelho, Waldemar Niclevicz e Betão Pandiani, por exemplo, vão contar suas experiências de modo a mostrar que a pessoa que está na platéia também pode praticar um esporte de aventura, resume Cristina Amaral, coordenadora do Congress. Entre as palestras confirmadas está ainda Projeto Cadeirantes, aventuras para um país mais acessível, com Júlio Bin.
O evento também será utilizado para discussões e orientações voltadas ao trade as empresas que atuam no mercado. A grade inclui temas como a responsabilidade civil no ecoturismo e a certificação do turismo no Brasil. Queremos mostrar que os esportes e o turismo de aventura podem ser um importante produto de exportação para o Brasil e a América do Sul, finaliza Sérgio Franco, diretor da Promotrade.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira