Participar de uma competição como a Expedição Mata Atlântica (EMA), envolve uma série de gastos e que sempre trazem a tona uma palavra: patrocínio. Realmente não é fácil captar recursos para atividades esportivas. Já pude sentir isto na pele. Mas também não é nada que uma boa dose de organização e bom senso não ajude a resolver.
Na Expedição Mata Atlântica 98 corri com uma equipe fraca e, mesmo assim, tivemos o apoio das seguintes empresas: Timberland, Fujifilm, Casa do Montanhista, Tergo Print, Alphagraphics Pacaembú, Revista NEZ, Anatomy Confecção Esportiva e Out Side Mochilas.
Agora, para esta edição da EMA 1999 estou com uma equipe muito forte, franca candidata ao título de melhor equipe brasileira da competição e temos os patrocínios das seguintes empresas: Timberland, Twinlab, Coleman, Megafit, Webventure.
Comparativamente falando, em 99 temos menos patrocinadores, mas cada um deles investiu muito mais na equipe do que em 98.
Talvez por isso, por essa aparente facilidade em conseguir apoio, muita gente me pergunta o que fazer para conseguir patrocinadores para a EMA. Na verdade esta é uma ótima pergunta para a qual não sei se tenho a resposta. Não existe fórmula mágica, só muito trabalho e dedicação. Posso garantir no entanto que conseguir patrocinadores não é tarefa fácil.
Quando uma empresa decide investir num projeto, seja ele esportivo, cultural, recreativo ou qualquer outra definição, ela quer retorno. O retorno geralmente vem em exposição, por isso que se usa colocar o nome do patrocinador estampado nos uniformes do patrocinado. Este retorno fica mais garantido quando o patrocinado assegura visibilidade na mídia – televisão, rádio, jornal, revista, internet, etc.
Como gerente da equipe AGG- BRASIL, além de capitão, consegui todos os apoios porque investi na equipe. Fiz um belo portfolio do time, com fotos coloridas, currículos individuais, lista de equipamento necessário, plano de mídia, design profissional, etc. Depois tirei cem cópias dele e enviei a conhecidos e desconhecidos em empresas que interessavam à equipe. Depois liguei para cada um e tentei marcar uma reunião.
Mas, na verdade, o que fez com que os patrocinadores se interessassem por nós foi a garantia que dei de exposição da marca deles na mídia através de contratos de parceria com veículos de comunicação (Revista NEZ, Webventure), além de montar um plano de padronização visual da equipe fechando contrato com empresas de uniforme (Anatony, Megafit), que confeccionaram os uniformes com as marcas dos patrocinadores em destaque. Para completar, depois de terminada a corrida, produzo um relatório final com fotos coloridas, fitas de vídeo com gravações das matérias que saíram na TV, fitas cassete com matérias que saíram em rádios e um clipping (cópia do conjunto de matérias que saíram na mídia impressa). Tudo colorido e bem apresentado.
Quando o patrocinador vê sua marca bem cuidada ele fica satisfeito e, no ano que vem, tenho certeza que poderei contar com ele novamente. Acho que essa é a fórmula, que não é segredo algum nem fui eu quem inventou.
Boa sorte a todos!
Este texto foi escrito por: Guilherme Cavallari
Last modified: fevereiro 21, 2017