Alexandre Freitas durante a Mini-EMA. (foto: Camila Christianini / Webventure)
A Mini-EMA, corrida de aventura realizada na cidade de Tapiraí (SP) entre os dias 6 e 9 de julho, gerou polêmica. Esta foi considerada a prova mais difícil já realizada no Brasil e recebeu, por isso, muitos elogios. Mas, por outro lado, muitos atletas reclamaram da falta de segurança durante o trajeto e quebra de algumas regras. Em entrevista ao Webventure, Alexandre Freitas, presidente da Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura e organizador da Mini-Ema, respondeu às críticas de alguns atletas.
Webventure – Muitos atletas estão dizendo que a Atenah (vencedora da Mini-EMA) foi acompanhada durante uma parte do trajeto por um guia local. Isso aconteceu?
Freitas – A equipe Atenah não foi guiada por nenhum local. A questão já foi esclarecida.
Webventure – A Atenah teria pedalado nas bikes de outra equipes. Se isso realmente aconteceu, gostaria de saber se isso é permitido ou não pela organização.
Freitas – Não há nenhuma objeção no Manual de Conduta da prova. Na lista de equipamentos obrigatórios constam 04 mountain-bikes. A equipe largou e completou o percurso com as 04 mountain-bikes. Não foram ajudados pela organização, solucionaram o problema sozinhos. Se um atleta desistente consentiu em emprestar sua bike para a equipe Atenah, o problema é entre eles, e não com a organização. A equipe não cometeu nenhuma infração.
Webventure – A equipe Oskalunga teria recebido comida por parte da organização no PC11?
Freitas – Não consta esta informação. Consta que muitas equipes, ao alcançarem o PC 11, já no começo da noite, utilizaram as instalações do local (fogão, pia e banheiros). Neste posto, as equipes encontravam seus sacos de comida e a equipe de Brasília, percebendo que levara poucas provisões, pediu comida para as outras equipes, desistentes, que tinham ido buscar seus equipamentos.
Webventure – Em relação à segurança da prova, você acha que poderia ter sido melhor?
Freitas – Não acredito que houve algum erro quanto à segurança. Havia equipe médica em pontos estratégicos e todas as necessidades foram atendidas. As equipes responsáveis pelas etapas aquáticas e verticais não relataram nenhum incidente. Enviamos comunicados às equipes, avisando o que as esperavam.
Webventure – Houve falha por parte da organização de não ter selecionado as equipes para uma prova tão difícil quanto essa?
Freitas -Este foi o nosso único erro: não selecionar as equipes participantes. Infelizmente acreditamos que as equipes haviam se preparado de acordo, mas não foi o caso. Para os próximos eventos com duração maior que 40h, haverá pré-seleção dos participantes.
Webventure – Alguns atletas ainda reclamaram da falta de pontos para equipe de resgate. Saber onde poderiam procurar ajuda caso necessitassem.
Freitas – Nas próximas etapas do Circuito o atleta receberá as instruções em que áreas de transição poderá desistir e onde haverá equipes de pronto-socorristas.
Este texto foi escrito por: Camila Christianini
Last modified: julho 23, 2002