O tubarão-tigre (foto: Wiki Common)
Um estudo realizado pela Escola de Ciência Marinha e Atmosférica da Five University de Miami (EUA) indicou que alimentar tubarões parece não atrapalhar o desenvolvimento desses bichos, contrariando estudiosos que criticam a prática de dar comida a animais.
A análise, conduzida pelos pesquisadores Neil Hammerschlag, Jerald Ault e Jiangang Luo, foi feita com a ajuda de localizadores via satélite. Os estudiosos marcaram tubarões-tigre em duas regiões: Bahamas, onde o mergulho com tubarões é popular, e Flórida, onde a prática é proibida. O objetivo era examinar o padrão de movimentação dos bichos em grandes distâncias a longo prazo.
Antes dos resultados, os pesquisadores acreditavam que os tubarões caribenhos se locomoviam em áreas restritas, por terem comida de forma fácil. Mas eles ficaram surpresos: nas Bahamas, os tubarões chegavam a ocupar uma área com mais de 8.500 quilômetros quadrados, cinco vezes o espaço da mesma espécie na Flórida. Não só descobrimos que o ecoturismo não afeta o comportamento dos tubarões, como também percebemos que eles viajam a distâncias nunca imaginadas, chegando a 3.500 quilômetros Atlântico à dentro, declarou um dos pesquisadores.
Segundo outro estudo da mesma universidade, de 2011, o turismo de mergulho para avistar tubarões gera mais dinheiro que matar os animais para extrair suas barbatanas. Com base nessas informações, os pesquisadores dizem que dados os benefícios econômicos e conservacionistas, acreditamos que os gestores de reservas não devem proibir esse tipo de mergulho, até que dados provem o contrário.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi
Last modified: março 29, 2012
