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Alimentos liofilizados são boas opções para montanhistas?

Redação Webventure/ Montanhismo

Existe uma grande variação de alimentos (foto: Divulgação/ Liofood)
Existe uma grande variação de alimentos (foto: Divulgação/ Liofood)

No montanhismo, sejam escaladas longas e íngremes ou que necessitem de uma caminhada para alcançar o objetivo, o importante é saber se cuidar bem. Um dos diferenciais de uma boa escalada é carregar o mínimo peso, contando com o equipamento; mas sem esquecer dos cuidados com a saúde, higiene e principalmente a alimentação. Nos dias de hoje, os esportistas têm opção de deixar em casa pacotes de comida e optar por refeições completas que, normalmente, estariam fora de cogitação.

A procura dos alimentos liofilizados vem crescendo no mercado e chamam a atenção de praticantes de esportes de aventura, principalmente daqueles que passam dias sem a possibilidade de fazer uma refeição completa.

O processo de sublimação, na qual os alimentos são submetidos, deixam-nos com peso e tamanho menor que o normal, o que favorece em uma escalada. Por exemplo, cerca de um quilo em alimentos equivale a 100 gramas de liofilizados. O planejamento de um montanhista deve estar bem definido para que não haja falta de alimentos e também, no caso dos liofilizados, tenham uma maneira simples de reidratá-los.

Atenção – Os atletas devem ter cuidado em relação aos alimentos liofilizados quanto ao consumo deles. “Não devemos usar alimentos nunca testados durante as competições. Devemos, sim, experimentá-los em treinos para ver como nosso organismo se comporta e também aprender as novas quantidades que teremos que consumir”, explica o nutricionista Danilo Balu.

A desidratação dos alimentos deve ser vista como uma opção de praticidade e não como um suplemento ou algo que dará mais energia que um alimento convencional. Para os montanhistas, esta praticidade favorece na prática da modalidade. Dependendo da intensidade da atividade, a ingestão de alimentos ricos em micronutrientes (sódio e potássio), que permitem o balanço hídrico do corpo. Os carboidratos também são indispensáveis, assim como as proteínas para a reparação da musculatura.

Mas, se você já está acostumado em levar uma alimentação convencional para a sua escalada, vale apostar nos liofilizados. A recomendação de Dalu fica em relação às quantidades que se deve ingerir: “por serem mais leves, eles passam a ser energeticamente muito mais densos, então o atleta terá que se acostumar com novas porções e quantidades para alcançar a meta da quantidade calórica”.

A liofilização acontece em duas etapas: o congelamento a vácuo e a sublimação (passagem da água do estado líquido para o gasoso, ou vice-versa) da água congelada. No processo de sublimação existe uma combinação de aquecimento que diminui a pressão dentro da embalagem.

Neste procedimento, a comida liofilizada não perde nenhuma propriedade. “Não é uma comida diet e nem light. É uma alimentação normal, apenas isenta de água, contém as mesmas calorias. A ciência explica que é o método de desidratação que mantém as qualidades nutritivas”, conta Rose Mary Coser, da Liofoods.

A conservação da alimentação liofilizada é uma das vantagens que esse tipo de processo tem sobre os alimentos comuns. Nesses alimentos não há aumento de micronutrientes, apenas a redução da massa e a retirada da água e para manter a conservação, Rose explica que devem ser armazenados em embalagens metalizadas e seladas, livre de umidade. “Podem ser guardados por até dois anos em locais frescos”, disse Rose Mary.

Exceção – Dentre alimentos que podem sofrer liofilização, como frutas, legumes e até mesmo sorvetes, mas as comidas que contém muito óleo e açúcar impedem o processo por conta de uma camada externa que não permite a evaporação da água.

No caso de algum alimento que não possa passar pelo processo de retirada de água, o atleta pode (e deve) apostar em outros alimentos, sejam liofilizados ou convencionais. “Quando um atleta de longa distância consome macarrão, na verdade ele está buscando carboidrato, e não o macarrão em si. Visto desse modo, se algum alimento específico não puder ser desidratado o indivíduo pode buscar os mesmos nutrientes em outras opções”, disse Danilo.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario

Last modified: março 28, 2009

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