Foto: Pixabay

Alpinistas “na linha de fogo”, em Mairiporã

Redação Webventure/ Montanhismo

Sábado, dia 21 de agosto, quase houve mortes na Pedreira do Dib, em Mairiporã (SP). O local estava tranqüilo, com vários grupos de alpinistas. O problema começa quando uma criança de 9 anos sobre a trilha que leva ao topo de uma das partes da pedreira e atira pedras de lá de cima.

“Estava escalando acompanhado por Didier e Paulo, da Adventure Brothers (agência que faz expedições). Após abrir e grampear uma nova via (“Eclipse”), Didier foi guiar a via “Ninfomaníaca”, com Paulo lhe dando segurança. Nós conversávamos com um grupo de alpinistas que ia fazer a via ao lado ou estava esperando que completássamos esta para fazer a sua subida. Então, sem nenhum aviso, uma pedra de uns dois quilos cai bem ao lado de Didier. Por estar na entrada de um negativo e usando capacete, dificilmente ele teria sido atingido.

Claro, isso assustou a todos os presentes mas antes que tivéssemos tempo de saber se havia sido um deslizamento natural ou não, alguém grita: “Tá caindo mais uma!”. Corri para longe da rocha. A tal pedra passou a menos de um metro de minha cabeça, batendo no chão e voando para meu peito. Pois é, salvo por um metro.

Uma voz feminina veio de lá de cima: “Desculpa, desculpa!”. Difícil desculpar. O grupo de alpinistas que conversava conosco subiu trilha e, ao voltar, disse que quem atirou as pedras foi uma criança de 9 anos, acompanhada da mãe, ambas turistas. Gostaria de saber se um pedido de desculpas seria suficiente se a segunda pedra tivesse caído um metro mais à direita, sobre a minha cabeça.

Protesto – Não sei se o lugar tem um responsável. Mas, em caso afirmativo, gostaria de pedir que limitasse a entrada de turistas no lugar (o que uma mãe irresponsável e sua filha vão fazer num lugar daqueles?). Duas vidas poderiam ter sido perdidas naquele sábado. E é lógico que as pedras foram atiradas de forma intencional: qualquer alpinista, antes de atirar uma corda ou se perceber o deslizamento de pedras do local de onde está gritaria uma ordem para quem estiver embaixo. “Pedra!”, e não “Desculpa!”.

O que me chamou atenção depois do incidente é que, naquela pedreira, somente nós estávamos usando o capacete. Não sei se esse equipamento agüentaria o impacto de uma pedra daquelas mas, ainda assim, é uma medida de segurança simples e eficaz (pelo menos para pedras menores…).”

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: fevereiro 21, 2017

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure