Flávio França e Riamburgo Ximenes campeões da Super Production (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Direto de Goiânia (GO) – Antes do início do Rally dos Sertões 2005 a organização adiantou que essa seria a prova mais difícil da história. Pilotos, navegadores e equipes se preveniram para uma prova técnica, com dificuldades de navegação, piso ruim e especiais longas. Tudo isso aconteceu, mas o pior percalço que eles tiverem que enfrentar nesses 4.692 quilômetros foi o cansaço.
“Com certeza esse rali foi muito cansativo, não só para os pilotos e navegadores, mas também para a equipe técnica, os apoios e até a imprensa. Os deslocamentos eram duros e muito longos, e tiveram muitas dificuldades”, comentou Simone Paladino diretora-executiva Dunas Race, organizadora da prova.
“Se fosse fácil não seria o Sertões”, disse Renato Peródio diretor de logística da equipe de moto ASW. E é exatamente a dificuldade da prova que encanta e vicia os competidores. “Tem que ser cada vez mais difícil mesmo, porque assim aumenta o nível dos competidores e treina para as provas internacionais, como o próprio Dakar”, disse Riamburgo Ximenes, sexto colocado na geral e campeão da categoria Super Production.
Ano que vem tem mais – Marcos Ermírio de Moraes, presidente da Dunas já prevê os pontos que podem melhorar para o ano que vem, e afirma que o modelo de rali desgastante irá continuar. “Precisamos rever algumas coisas de regulamento na parte do SPY e controle de velocidade. É um equipamento que funcionou muito bem, mas precisa de alguns ajustes. Mas no geral acho que o formato do rali está perfeito”, disse.
O diretor de prova para carros e caminhões, o português Jaime Santos, se impressionou com o potencial brasileiro para ralis. “É um dos lugares mais seguros para se fazer uma prova, mais que na África e Ásia, e sem as limitações geográficas da Europa. O Brasil tem tudo para sediar a segunda maior prova do mundo, que só perderia para o Dakar”, disse.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa