Cume do Everest visto de 8.300m (foto: Arquivo pessoal/ Helena Coelho)
Quando uma escalada é dificultada pelos efeitos da diminuição da pressão atmosférica, chamamos de alta montanha.
Normalmente isso acontece acima de 4.000m de altitude, quando o organismo humano começa a perceber os efeitos da baixa pressão, que podem ir muito além de uma falta de fôlego. Dores de cabeça insuportáveis, enjôos, insônia e falta de apetite são sintomas normais, mas a situação pode se complicar muito levando até a edemas, que podem causar a morte.
No entanto um montanhista bem informado sabe monitorar seu organismo, administrar o próprio ritmo e recuar se necessário for. Desta forma aumentam suas chances de atingir o objetivo com segurança.
Devido à altitude, muito gelo, ventos e temperaturas extremas completam o quadro de alta montanha, tornando obrigatórios roupas e equipamentos especializados.
O Brasil não tem montanhas acima de 3.100m, mas a Cordilheira dos Andes coalhada de gigantes acima dos 6.000m, oferece excelentes opções inclusive para trekking de altitude. Peru e Bolívia no inverno ou Chile e Argentina no verão são as regiões mais visitadas por brasileiros, mas Colômbia e Equador também são uma boa pedida, com vulcões incríveis.
Abrigando 14 monstros acima dos 8.000m, além de uma infinidade de 7.000m, alguns ainda sem nome esperando por um conquistador, a cordilheira do Himalaia é o centro das atenções do montanhismo moderno. Já os Alpes europeus são as montanhas mais visitadas do mundo, e foram elas que sediaram as primeiras conquistas do homem, numa história romântica protagonizada por verdadeiros heróis obstinados por pisar naqueles cumes nevados… Esta é uma longa e emocionante história.
Este texto foi escrito por: Tom Papp, especial para o Webventure