Sainz e Nasser na etapa de hoje (foto: Carlos Lua/ Volkswagen)
Copiapó, Chile, 10 de janeiro – Com quatro horas e meia de prova os concorrentes haviam percorrido 337 dos 497 km cronometrados que estavam no programa. Até ali a liderança de Carlos Sainz/Lucas Cruz (Race Touareg 3 #300) sobre Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk (Race Touareg 3 #302) era de2m 15s. É que largando atrás Carlos se aproximou de Nasser (como todo abre-alas sofre mais para achar o caminho certo) e o seguia como uma sombra.
Mas de lá até o final ainda existiam muitas dunas, inclusive aquela final de 800 metros de altura que marcava a final em Copiapó. E foi esse trecho de apenas 5km que Nasser usou para vencer depois que Carlos atolou duas vezes nas dunas. Mais um forte componente teatral nessa Dakar inesquecível de 2011.
Volkswagen 1, 2, 3 e 4 hoje e agora 1, 2, 3 e 5 na geral
Nasser com essa sua terceira vitória vai agora na frente na classificação geral com uma vantagem de 5m 14s sobre Sainz, que é seguido por mais um Race Touareg 3 o de #308 da dupla DeVilliers/Ziztewitz, que completa esse pódio parcial na classificação geral a cinco dias do final. Mark Miller já é 5º. Peterhansel teve problemas elétricos pelo caminho e apesar de não brigar pela vitória ainda vai uma hora a frente de Miller. O assunto da vitória, porém, é caseiro e eletrizante. Foi o 7º dia de sorvete na Equipe VW em oito dias decorridos o caso é sério.
Amanhã assusta
Serão apenas 235 km cronometrados em uma espécie de circuito em volta de Copiapó. Fácil? Muito pelo contrário, promessa de dificuldades sem fim nas dunas, de surpresas aos borbotões de armadilhas em profusão. E desta vez com muitos pontos de observação de onde assistir tudo a bordo da Amarok.
Lá vem o Brasil subindo a ladeira nas motos
Jean Azevedo mostrou que experiência é importante e depois de chegar em 8º a Copiapó, já é o 9º na geral. Guiga Spinelli/Yooussf Haddad e Marlon Koerich/Edu Cavassin até 17:30 da tarde hora local ainda estavam nas dunas.
Amarok no batente
Segunda-feira, dia de trabalho e mais seis horas de percurso sem sustos e sem surpresas para a Amarok, que a cada dia que passa confirma o resultado da aplicação de tanta tecnología. Saindo da beira mar de Antofgsta, subindo para o altiplano e voltando para o mar na região de Cañeral, Caldera até atingir o oásis no vale onde está Copiapó, palco do final dessa 8ª etapa.
Uma cidade símbolo da região de Atacama, rica em ouro, ferro, cobre e heroímo. Todos se lembram dos 33 mineiros da mina San José (situada a 30km de Copiapó que segundo as afirmações locais não deveria estar funcionando por falta de segurança) que foram resgatados depois de passarem 69 dias presos a 700 metros de profundidade. O Dakar também é hora de mostrar as novas tecnologías à disposição para evitar e contornar desastres desse tipo. A industria, em qualquer área que seja, não descansa, enfrentar a Natureza não é fácil.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, direto de Copiapó