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Americano tetracampeão em missão no Terra Brasil

Redação Webventure/ Offroad

Gerry McDonald (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Gerry McDonald (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Direto de Venda Nova (ES) – Vinte e nove anos de rali, quatro vezes campeão americano e oito do Amercan Baja, a prova off-road mais difícil dos Estados Unidos. Essa é só uma parte do currículo do canadense Gerald Mc Donnald, de 65 anos. É a terceira vez que ele vem ao Brasil acompanhar as provas pela equipe Chevrolet.

A equipe foi até os Estados Unidos para pedir ajuda a Gerry, como é conhecido, para montar uma S-10 parecida com a que corre o Baja americano. A prova é realizada no deserto da Califórnia, com picapes de 800 cavalos de potência. Em entrevista exclusiva ao Webventure , o ex-piloto fala sobre sua carreira e impressões sobre as provas brasileiras.

Como começou a correr provas de rali?
Desde que tirei minha carta eu me envolvo com corrida, participava de corridas de moto e dragster quando comecei a correr rali. Não parei mais. Minha carreira começou quando testava as picapes da General Motors nas provas. Durante 15 anos, de 1985 até 2000, a montadora apostou em testes com rali. É um modo muito útil de avaliar o carro por ser uma prova muito agressiva. Se passar nos testes de rali, o carro ficará quase perfeito para a rua.

E você aproveitava para competir
Era meu trabalho, ao mesmo tempo que corria para testar os carros, também preparava as máquinas para outras equipes. Me envolvia em tudo que estava relacionado com rali. 28 anos depois resolvi me aposentar das trilhas e ficar só com a preparação de carros.

Como veio parar no Brasil?
Em 2002 a equipe da Chevrolet veio me procurar por meio de um amigo meu nos EUA. Aceitei vir para o Brasil e passei boa parte desse ano aqui, desenvolvendo um carro parecido com o que eu faço nos Estados Unidos. Corri o Sertões como carro de apoio para os do Édio [Fuchter] e do Riamburgo [Ximenes]. Larguei uma especial quase em último, com o carro menos preparado e cheio de ferramentas. Passei muita gente e terminei o dia em sétimo. Ninguém entendeu nada.

O que acha do nível do rali brasileiro?
Me impressionei ao chegar aqui e ver a dificuldade das trilhas. O tipo de terreno é bem parecido com o que encontramos no Baja e no México. Porém os carros ainda não estão no nosso nível. É isso que estou tentando fazer aqui. É possível ter equipamentos bem mais agressivos, que permitem uma direção muito mais agressiva do que se tem hoje em dia. Eu bati o recorde americano de velocidade na terra com 151 Milhas por hora [235km/h]!

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: outubro 11, 2004

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