Mike Montague e Kathy Ward, dos EUA, conquistam o titulo da categoria master no 18 ª Campeonato Mundial de Hobie Cat 16 realizado em Laucala Bay nas Ilhas Fiji, Oceano Pacifico.
Foram sete regatas disputadas de 09 a 11 de outubro, onde os campeões somaram 24 pontos perdidos.Os franceses Louis Mayer e Marielle Gallou ficaram com o título de vice-campeões Mundiais Master, com 33 pontos negativos, contra os 59 pontos negativos da tripulação sul-africana, Blaine Dodds e Roxanne Dodds, terceiros colocados na classificação final.
Assim como em muitas regatas em todo o mundo, o clima em Fiji não foi como o previsto. Era esperado durante a semana do campeonato, muita chuva e ventos fortes, mas contrariando o boletim meteorológico os dias foram ensolarados e os ventos leves. Teve dias que o vento estava tão fraco, uma brisa tão leve, que a comissão de regata teve de adiar as regatas para o período da tarde.
Tempo recorde – Dezoito meses atrás, Grahame Southwick, o presidente da flotilha de Hobie Cat 16, de numero 252, entrou em contato com a Associação Internacional da Classe Hobie Cat, IHCA, oferecendo-se para sediar o Mundial em Suva, nas Ilhas Fiji. Na época a pergunta a ser respondida era como vinte catistas poderiam fazer um campeonato internacional em uma pequena ilha do Oceano Pacifico longe de quase tudo e com muitas dificuldades econômicas e de logísticas?
A resposta começou a ser respondida quando a fabrica da Hobie Cat na Austrália ofereceu o total apoio e um compromisso de fornecer os barcos para o tão sonhado Campeonato. Algum tempo, meses depois, a IHCA, por meio do conselho técnico, deu a sua bênção à proposta e assinou um contrato para a realização do Campeonato. Os velejadores de hobie cat espalhados pelo mundo souberam da novidade e imediatamente apoiaram entusiasticamente o campeonato nas ilhas Fiji e no prazo de seis meses, as inscrições para o Campeonato Mundial foram encerradas!
Portanto, lá estão eles em Laucala Bay e as regatas estão sendo disputadas em meio a ventos que variam de 8 a 16 nos de velocidade. Mar e calma, pacifico literalmente.A raia foi montada na frente da sede do evento, local que era uma vez a velha garagem de barcos e sofreu uma grande transformação. Uma grande área de terra foi recuperada, a areia foi trazida em forma de praias, uma sede foi construída às pressas ficando o local com uma paisagem atrativa.
Para acelerar o paisagismo, Grahame Southwick recrutou uma equipe de meninos de rua de Suva. Ele então tinha uma equipe no local, trabalhando na chuva ou no sol a brilhar e conseguiram um rendimento extraordinário. A obra não só transformou o local, mas ajudou os meninos que trabalharam na reforma conseguirem empregos fixos na área da industria de paisagismo quando acabou seu contrato de construção da sede do campeonato mundial de hobie cat.
A partir do dia 12 até 19 de outubro as atenções estão voltadas para o 18 ª Campeonato Mundial Aberto da Classe Hobie Cat.
Com a participação de 25 países, 234 iatistas, a competição, sediada em Suva, Ilhas Fiji, Oceano Pacifico, contará com a participação da elite internacional da vela catista. Na fase classificatória estão programadas seis regatas até domingo (14/10). Então serão escolhidas as 112 duplas que iniciarão as semifinais que acontecera dia 15 ate o dia 17 sempre a partir das 10 horas, com um descarte possível para cada dupla.
A fase final do Mundial acontecera nos dias 18 e 19 de outubro quando serão conhecidos os campeões mundiais da classe hobie cat 16.
A equipe brasileira esta composta pelos seguintes velejadores: Marce D’Almeida e Ana Paula D’Almeida, Mario Roberto Arantes Dubeux e Letícia Loeff, Luiz Gonzaga Machado e Gilberto Silva, Cláudio Teixeira e Cláudia Teixeira.
A expectativa é de que, durante os dias de competição, os ventos sejam de intensidade média, variando entre 12 e 20 nós. Os percursos serão o triangular, composto de contra-vento, o barla-sota e traves.
Na história do Mundial de Hobie Cat o Brasil sempre faz ótimas participações, mesmo não indo com a sua forca máxima, devido à dificuldade financeira enfrentada por ótimos velejadores da classe, que este ano não conseguiram patrocínio para cobrir os custos das despesas da viagem, hospedagem e alimentação, que variam em torno de 10 mil reais por dupla, esperamos que os velejadores brasileiros que lá estão, tenham chances de repetir o feito de alguns conterrâneos que conquistaram pódios em outros mundiais.
Este texto foi escrito por: Ricardo Dubeux