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Amyr Klink vai para a Geórgia do Sul


Paratii2 passou no teste da primeira fase da expedição. (foto: Divulgação)

Decidido a desistir da expedição pelo remoto Mar de Bellingshausen, o navegador brasileiro Amyr Klink continua sua estadia na Antártica visitando as estações baleeiras na Geórgia do Sul. Depois, seguirá para casa, encerrando a primeira fase do projeto “Viagem à China”. Ele deve chegar ao Brasil, a bordo do Paratti2, em maio próximo.

Klink desviou a rota do veleiro para a Geórgia do Sul, ilha na Antártica que serviu de ponto de partida e de chegada em sua expedição Mar Sem Fim, há dois anos. Além de testar o desempenho do Paratii 2 em condições semelhantes às da Sibéria, nesta primeira etapa da Viagem à China, parte do projeto Petrobras Global, Klink e sua tripulação queriam alcançar uma ilha remota no Mar de Bellingshausen.

“Amyr foi até o sul da Baía Margarida e tomou o rumo oeste para chegar ao local desejado. Mas o mar estava coberto por uma fina camada de gelo e, à medida que o Paratii 2 ia quebrando essa casca, os fragmentos entravam no motor, danificando o equipamento”, explica Fernando Bonini, chefe da equipe de terra que acompanha a viagem de Klink. “Amyr teve de trocar as peças duas vezes. Resolveu voltar quando viu que só restava um jogo sobressalente. Seria arriscado continuar”, acrescenta Bonini.

Aprovação – Embora Klink não tenha chegado ao Mar de Bellingshausen, Bonini conta que o navegador está plenamente satisfeito com o resultado da viagem. “O objetivo de levar o Paratii 2 à Antártica era testar equipamentos. O casco e o combustível, por exemplo, estão aprovadíssimos. Mas já sabemos que será preciso trocar o material da vela, o eixo do motor e aperfeiçoar o sistema de vazão de água”, diz Bonini, lembrando que o grande objetivo de Klink é mesmo chegar à China pelo Pólo Norte.

“A grande expedição será a Viagem à China. Tudo o que fazemos é pensando nela. Amyr deve chegar ao Brasil em maio. Faremos alguns reparos no barco e, se tudo der certo, estaremos partindo para um novo 360 graus na Antártica em outubro para submeter o Paratii 2 a todos os tipos de ondas e ventos possíveis. Nesse caso, a Viagem à China propriamente dita começa em maio. Se não conseguirmos ir à Antártica este ano, Amyr zarpa para o Pólo Norte em fevereiro de 2003”, conta Bonini.

Klink e sua tripulação (Marcos Hurodovich, José Fernandes, Fabio Tozzi, além de um cinegrafista e um fotógrafo) agora exploram cinco cidades baleeiras abandonadas na Geórgia do Sul. A equipe deve ficar no local pelos próximos 20 dias. “A Geórgia do Sul é um lugar muito especial para o Amyr, que fez de Grytviken seu porto durante o 360 graus em solitário em 1999, e foi também muito importante para grandes navegadores. Amyr decidiu conhecer melhor o que até agora só conhecia por livros”, diz Bonini.

Este texto foi escrito por: Webventure