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Análise: a prata de Robert Scheidt e Bruno Prada e o trabalho para 2012

Redação Webventure/ Vela

Robert e Bruno também contaram com a sorte (foto: Divulgação)
Robert e Bruno também contaram com a sorte (foto: Divulgação)

Adriana Kostiw é atleta da classe Laser Radial e já participou de uma Olimpíada: Atenas 2004, onde conquistou a 17ª colocação. Em 2007, ela faturou a medalha de bronze no Pan do Rio. A velejadora irá comentar para o Webventure a participação dos brasileiros nas provas de vela das Olimpíadas de Pequim.

A vela fechou com duas medalhas, uma de bronze e outra de prata, uma pena o Bimba não ter trazido nada. Agora é necessário um bom trabalho para Londres 2012 em todas as classes.

O resumo para esta Olimpíada é, por exemplo, a Patrícia Freitas da RS:X, começou a se focar na competição sete meses antes. Isso deve ser feito desde o início, cada um com seu técnico, seu local de treino e já começar a treinar para 2012.

O Brasil já tem uma base, precisa focar o trabalho não só para um atleta em cada classe. Devem ser dois atletas. Quando o Robert estava na Laser era tudo sobre ele e o Bruno Fontes ficava na sombra. O Robert saiu da classe; e eu lembro que quando fomos para a Europa, o Bruno ficou super “assustado”, mal-acostumado mesmo. Ele chegou a dizer que tinha sido a primeira vez que não gastava dinheiro com nada.

A estrutura de treino dos atletas é muito boa, a cada cinco passos que eles dão, têm o que precisam. Seja academia, psicólogo ou espaço para o treino. E isso deve continuar. O Brasil tem muita gente boa, precisa investir nisso, o trabalho de base tem que ser mais forte.

A medalha – Na prova do Robert e do Bruno, a calma falou mais alto e eles puderam observar bem. O barco da dupla sueca acabou quebrando, eles ficaram na última colocação da Medal Race. Os brasileiros contaram com a sorte também, mas velejaram muito bem. É uma regata que não pode desconcentrar, e foi assim.

O Robert comemorou muito essa medalha, apesar de eu saber a cara que ele fica quando ele não vence. Mas ele está feliz, foi a estréia na classe Star, com outros competidores muito experientes. Foi a medalha mais difícil da carreira do Robert Scheidt.

Este texto foi escrito por: Adriana Kostiw, especial para o Webventure

Last modified: agosto 21, 2008

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