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Andar atrás é muito ruim, diz Klever Kolberg


Klever Kolberg: ter de andar em ritmo menor não agrada o piloto (foto: Arquivo Webventure)

Klever Kolberg viveu uma nova experiência nesta edição do Rally dos Sertões. Ele teve um problema na primeira especial da prova e não conseguiu completar a etapa. Com isso, teve de largar para a segunda especial muito atrás. “Olha, se tem uma coisa que eu posso dizer é que andar atrás é muito ruim”, resume, sobre as etapas em que teve de andar atrás do pelotão de frente do Sertões.

Segundo o piloto, o maior problema para àqueles que largam atrás é a poeira. “Você fica lá atrás e é só pó. Os caras, mesmo mais lentos, não dão passagem. E aí, mesmo com mais velocidade, você acaba obrigado a aceitar esse ritmo abaixo do seu”, reclamou. No entanto, Klever lembra que não são todos os competidores que obstruem a passagem dos mais rápidos. “Generalizar seria uma tolice, mas os que dão passagem não são maioria”, afirma.

Hoje, após oito etapas do Sertões, Klever já está de volta aos líderes. Mas não foi fácil voltar a essa posição. “Tive que passar por muita gente. Foram 20 no segundo dia, depois ganhamos mais algumas no terceiro, e assim foi, até que conseguimos ganhar uma especial.”

Tanque causou o problema – Todos as dificuldades que Klever enfrentou durante o rali começaram com um simples tanque de combustível. Ainda no prólogo do Rally dos Sertões, em Jandira (SP), ele teve um problema com a gasolina. “Pensei que era a bomba injetora e rapidamente troquei de bomba, pois nosso carro tem duas”, disse. Com o procedimento, Klever conseguiu terminar o prólogo e chegando à Franca, fez uma revisão nas duas bombas injetoras. Ambas não acusaram problemas e o piloto partiu para a primeira especial, entre Franca e Patos de Minas, despreocupado. Mas, durante a primeira etapa, voltou a ter problemas. “Fiz o mesmo procedimento do prólogo, mas depois de algum tempo, voltei a ter problemas e acabei não terminando”, contou. “Com esse novo problema, tivemos que desmontar o tanque inteiro até achar o problema”, falou. Mesmo com o problema detectado, faltava descobrir o que causava esse problema. O que estava causando o mal funcionamento da bomba de gasolina eram pedaços de metal, que ninguém sabia de onde teriam saído. “Chegamos a pensar que era sabotagem, mas aí, alguém que conhecia de tanques descobriu. Essa sujeira era o resultado da oxidação de umas peças do tanque”, explicou.

Este texto foi escrito por: Bruno Doro