Com a tração dianteira do caminhão Tatra quebrada, o brasileiro André Azevedo (Petrobras Lubrax) atolou numa duna durante a etapa de hoje (16/01) do Dakar. Com seus companheiros na competição, os tchecos Tomas Tomecec e Mira Martinec, ele calcula que precisará de seis a sete horas para consertar o problema. Os integrantes da equipe oficial da Tatra, liderada pelo piloto tcheco Karel Loprais, pararam para ajudar o brasileiro. O caminhão dele até quebrou nesta manobra, mas ele arrumou e foi embora, contou André.
Terceiro colocado até então na classificação acumulada dos Caminhões, o brasileiro sabe que perderá muitas posições hoje. O sonho de ganhar o Dakar ficou literalmente numa duna do deserto da Mauritânia, afirmou André. Ele tinha chegado a ser o vice-líder nas etapas anteriores. Em 2003, confirmou a segunda colocação, o melhor resultado já obtido por um brasileiro no Dakar.
Jean de volta – Jean Azevedo (Petrobras Lubrax), irmão de André, teve mais sorte. Apesar de também enfrentar problemas no início da etapa, quando chegaram informações de que estava parado no km 155 (de um total de 579 km) da especial, ele seguiu no percurso e já cruzou os três Postos de Controle espalhados no trecho. No último, foi o 26º mais rápido. Ele largou na 16ª posição.
Já Klever Kolberg e Lourival Roldan (Petrobras Lubrax), até as 14h45 (horário de Brasília), tiveram registrada apenas a passagem pelo PC 1, na 53ª posição. Eles largaram em 17º lugar com a Mitsubishi Pajero Full apresentando problemas na embreagem.
Reflexos da Maratona – Ontem, após a 14ª etapa do Dakar 2004, os veículos não puderam ser trabalhados pelos mecânicos. Foi a segunda Etapa-Maratona, ingrediente usado pela organização do Dakar – e que já existe em outras provas, como o brasileiro Rally dos Sertões – para acrescentar dificuldades à disputa.
Numa Etapa-Maratona, é proibida a atuação das equipes de apoio. São os próprios pilotos e navegadores que devem usar seus conhecimentos de mecânica para fazer a manutenção e eventuais consertos de seus veiculos com as ferramentas e peças que tiverem trazido consigo. Dependendo da gravidade do problema na máquina, o competidor não tem como resolver e acaba largando para a etapa seguinte com o veículo praticamente na mesma condição em que terminou a anterior.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 16, 2004