A região de Fiambalá ainda na Argentina (foto: David Santos Jr/ www.webventure.com.br)
O piloto de caminhão André Azevedo comenta o percurso da 5 º etapa do Dakar, entre as cidades argentinas de Chilecito e Fiambalá. Motos e quadris farão 151 quilômetros de deslocamento e 265 de especial. Já carros e caminhões terão de enfrentar 246 e 177, respectivamente.
Essa região foi responsável por nossa segunda grande surpresa na Argentina, antes do deserto do Atacama, na prova de 2009 [primeiro Dakar na América]. Neste lugar existem as famosas dunas brancas, muito quentes e que já prejudicaram vários competidores inclusive a nossa equipe, a Petrobras Lubrax que usam combustível à gasolina, relembra o brasileiro.
Com o calor, acontece o tal vapor lock, que é a vaporização do combustível antes de ele chegar à câmara de combustão do motor, coisa que nunca havia acontecido na África. Isso prejudica demais o desempenho, nos impossibilitando de subir as dunas, pois os motores ficam com menos potência, explica André, que também diz que o começo da especial é ao lado da Cordilheira dos Andes e que as areias ficam mais próximas de Fiambalá. Essas dunas brancas são terríveis, também para a navegação.
Este ano, a organização resolveu fazer apenas as motos passarem por dentro dos rios secos que existem na região. No ano passado, ficou muito difícil para os carros e os caminhões andarem ali, mas para as motos foi tranquilo. Muita gente já abandonou a prova, nas ultimas três edições, ao passarem pela região das dunas brancas.
Este texto foi escrito por: Rodolfo Gomes
Last modified: janeiro 5, 2012