O caminhão da BR Lubrax na etapa de terça-feira quando André ganhou a liderança; hoje o sonho acabou. (foto: Ricardo Ribeiro/ ZDL/ AE)
O brasileiro André Azevedo, piloto de caminhão da equipe
BR Lubrax do rali Paris-Dakar (427), acaba de anunciar em Atar, na Mauritânia, durante o dia de descanso, que está abandonando a competição.
André estava correndo com um caminhão Tatra 815 de 11 toneladas, ao lado do navegador tcheco Tomas Tomacek. Na etapa de ontem, entre El Ghallaaoiya e Atar, na Mauritânia, ele deixou de passar em dois postos de controle e foi penalizado em 20 horas, perdendo a liderança na classificação geral acumulada dos caminhões.
Além disso, o caminhão teve problemas mecânicos na tração dianteira. “O defeito não pôde ser consertado e sem tração não conseguiria atravessar as dunas que há pela frente”, explicou o piloto.
A decisão de abandonar o rali deixou André Azevedo abalado. Afinal, foram meses de preparação. “Esse negócio de deixar a prova é muito incômodo e qualquer um fica triste. A última vez que isso aconteceu comigo foi em 1996, quando eu ainda competia de moto”, lamentou.
Futuro – André Azevedo, mesmo abatido, já faz planos para o futuro. “O próximo passo é tentar adaptar o Tatra pelo novo regulamento, que vai proibir a partir de 2004 a participação apenas de caminhões com motores em cima do eixo dianteiro, como os originais de fábrica. Por isso, já comecei a conversar com os pilotos dos caminhões Mercedes, Scania e Iveco que ainda estão no rali”, contou.
O Tatra de Azevedo, como os Kamaz, têm motores instalados no centro no chassi. O sonho de se tornar o primeiro brasileiro a vencer na geral, no caso caminhões, está adiado para o rali de 2002. André foi o terceiro colocado no Dakar 2000.
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