Foto: Pixabay

André Azevedo quer levar caminhão brasileiro para o Dakar

Redação Webventure/ Offroad

André Azevedo (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
André Azevedo (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)

O Dakar 2008 poderá receber o primeiro caminhão brasileiro na história. A 30ª edição do maior rali do mundo deve ter a criação de uma nova categoria de caminhões, que permite grandes alterações no veículo original de fábrica o que hoje é proibido por regulamento. Com a brecha, o piloto André Azevedo pretende levar o caminhão Artego, da Mercedes-Benz para o rali.

“A organização está prevendo a criação de uma nova categoria, que seria a Super Produção nos caminhões. Com as novas mudanças, pode ser que se abra a possibilidade de andar com o meu caminhão Mercedes aqui do Brasil. Seria um caminhão preparado fora do de série”, comentou o piloto brasileiro, que chegou na manhã desta terça-feira de Dacar após conquistar o quinto lugar no maior rali do mundo.

O Artego brasileiro compete desde o início da temporada 2006 nos ralis nacionais, incluindo o Rally dos Sertões, um pilotado por André Azevedo e outro pelo carioca Carlos Salvini. É o veículo atual campeão do Paulista de Cross-country, e terminou o Sertões 2006 em terceiro lugar.

Tatra – André Azevedo admite que o caminhão tcheco Tatra utilizado no Dakar há oito anos perde em desempenho para os concorrentes russos e europeus, porém tem na durabilidade seu maior trunfo. “Por causa do sistema de suspensão a ar independente nas quatro rodas ele poupa muito a cabine, a suspensão e o motor. Enquanto meus concorrentes levam equipes enormes de manutenção, só preciso de duas pessoas para o meu caminhão. Entre os cinco primeiros colocados, o Tatra é o único que aparece com dois caminhões. A resistência, confiança e também o desempenho o torna apto a brigar por posições”, comenta o brasileiro.

Em relação ao caminhão pentacampeão do Dakar, o russo Kamaz, o Tatra tem uma tonelada a mais e cem cavalos a menos. “Na parte de desempenho perdemos um pouco na no deserto aberto, em que dá para se chegar aos 150km/h. O meu caminhão leva um minuto e meio, dois minutos para atingir essa velocidade, os outros fazem em um minuto, ou menos. A aceleração é um pouco mais lenta, o que dá diferença no tempo”, revela André.

O brasileiro acredita que um lugar no pódio esse ano só não veio por pequenos detalhes. “Esse ano, cinco vezes em três etapas teve o ‘se’ não acontecesse um probleminha. Se não batesse em uma pedra, ou se não quebrasse o eixo dianteiro, se não tivesse quebrado peças da suspensão a ar. Esses vários ‘se’ me custaram 2h20 de parado no deserto”, lamentou o brasileiro. Com esse tempo subtraído do total no Dakar 2007 (59h19min2), o André Azevedo e o navegador Maykel Justo subiriam no segundo degrau do pódio.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: janeiro 23, 2007

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure