Largar depois de todo mundo é uma rotina para os pilotos de caminhões. No Rally Dakar, como em outros grandes ralis, a ordem de saída para uma especial tem primeiro as motos, depois os carros e por último os peso-pesados do mundo do off-road.
Muitos dias acabamos largando cinco horas depois que o pessoal de motos, por exemplo, conta o brasileiro André Azevedo, que pilota um caminhão Tatra. As conseqüências desse atraso na largada são as piores possíveis. A gente está sempre tendo que pilotar à noite no deserto, e isso é perigoso, explica.
André também lamenta o tempo que se perde por estar atrás de todo mundo. Existem carros e motos mais lentos que a gente, então temos que ficar ultrapassando. O grande problema é que muitas vezes as trilhas são estreitas e fica bem perigoso, ressalta. Imagina ultrapassar um carro numa estradinha pequena…
Quarto colocado na classificação geral do Dakar após 13 dias, o piloto brasileiro revela que há adversários que dificultam as ultrapassagens. A gente usa buzina, tem a sentinela (equipamento que avisa o carro da frente da chegada de um atrás), mas mesmo assim não é mole, completa André.
Este texto foi escrito por: Webventure