A piloto Andréa Costa, da moto n° 138, está comemorando muito ter completado a especial de ontem do Rally dos Sertões, entre Unaí (MG) e Alto Paraíso (GO). Ontem, ela sofreu um acidente grave e teve de ser socorrida pelo helicóptero da prova. Mas hoje, apesar da dor, acabou correndo a terceira etapa do rally. A dor atrapalhou um pouco, o ombro estava um pouco dolorido. Mas o mais importante para mim foi que vou continuar na prova, disse. Sem chances de conquistar uma boa colocação, agora o objetivo da piloto é chegar à Fortaleza. Agora não importa mais classificação, só chegar lá.
Ontem, Andréa ainda dependia da liberação dos médicos para voltar à prova, mas hoje, largou para a terceira especial. No começo, eu ainda estava receosa por causa do acidente. Quando encontrava poeira, quase parava, disse. Mas, à medida em que a prova prosseguia, Andréa voltou a reconquistar a confiança. Quando eu fui retomando o ritmo da prova, comecei a correr normalmente, falou. Segundo a garota, seu maior problema foi com a trepidação. Apesar de não ter quebrado nada, a dor era forte nas horas de trepidação. Não dava para ficar em pé e se eu me sentava doía também. Então, eu fui devagar, explicou.
Apesar de ter completado a especial, Andréa teve muitas dificuldades para chegar até Alto Paraíso, em Goiás. No final da especial, eu comecei a sentir muita dor, mas deu para completar, afirmou. Mesmo assim, o resultado da garota não foi ruim. Ela foi a última competidora à largar e terminou a etapa com o 30° tempo.
Amanhã, o rally parte para Natividade, no Tocantins. E Andréa já sabe como se preparar para o novo desafio: Depois da especial, um pouquinho de dor é normal. Tomei um remédio, e é só tomar um banho e dar uma relaxada. Já estou pronta para amanhã, garantiu.
Este texto foi escrito por: Bruno Doro e Fábia Renata