Exemplo de bloco de concreto para recife artificial (foto: Divulgação Ecoplan)
Um projeto antigo e louvável do Governo Federal começa a ser colocado em prática: são os recifes artificiais na costa brasileira, que têm a função de iniciar o repovoamento do ambiente marinho na costa. Na semana passada, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a receber os blocos de concreto com destino para o mar. Na costa fluminense receberão também os recifes artificiais as cidades de Mangaratiba, Búzios e Cabo Frio.
Os recifes artificiais são blocos de concreto de quatro metros cúbicos lançados a uma profundidade de 30 metros, que têm como objetivo proteger a fauna marinha contra a predatória pesca de arrasto – uma rede que varre o fundo do mar. Experiências anteriores com os blocos no Paraná indicaram aumento de 30% na reserva de peixes para pesca artesanal, o sustento de milhares de famílias caiçaras.
Além dos blocos de concreto, poderão ser utilizados navios velhos desmontados, cujos destroços são lançados ao fundo do mar. Ao passar sobre o local, as redes de arrasto são rasgadas e a área acaba se transformando em viveiros naturais de peixes. Os blocos são perfurados para facilitar essa acomodação e não prejudicam a navegação de barcos na área.
No total, serão lançados 44 recifes artificiais de um total de 2.600 que serão espalhados pela costa brasileira. O objetivo é impedir a pesca de arrasto e garantir a reprodução de dezenas de espécies de peixes. O projeto todo envolve 3 milhões de reais e seguirá pelo Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Este texto foi escrito por: Webventure