Bakel (Senegal) Vaca e macacos deram um susto hoje no piloto brasileiro Juca Bala durante a etapa especial do Paris-Dakar, entre Bamako (Mali) e Bakel (Senegal). Para o único brasileiro que ainda disputa o rali na categoria motos e lidera na classificação geral até 400 cilindradas, animais na pista representam perigo na maior e mais difícil competição off-road do mundo.
“No trecho cronometrado, o animal saiu correndo para a trilha. Ela estava atrás de uma cabana e quase bati. A sorte é que, por ser um vilarejo, eu não andava muito rápido e o bicho resolveu dar meia volta quando me viu. Foi por pouco”, contou Juca Bala. Em 99, o piloto da equipe BR Lubrax atropelou uma vaca e foi obrigado a abandonar a competição.
Depois do susto, Juca foi surpreendido por um grupo de macacos que cruzou a pista. “Eles saíram em disparada porque se assustaram com o helicóptero da televisão que fazia a filmagem da prova. O aparelho estava voando muito baixo”, narrou o piloto ao chegar ao acampamento do rali, montado no aeroporto de Bakel.
A presença dos macacos tem uma explicação. O trecho de hoje passou próximo ao Parque Nacional de Baoule e a própria organização já havia alertado os pilotos, principalmente os de moto, de que poderiam encontrar muitos animais pelo caminho. A etapa desta quinta-feira teve 804 quilômetros, sendo 370 cronometrados, e foi totalmente inovadora. Em 23 anos de história do Rally Paris-Dakar, a caravana da competição nunca havia passado pela região.
Com a conclusão do trecho entre Bamako e Bakel, o rali já percorreu 9.872 quilômetros desde a largada na capital francesa, dia 1o de janeiro. Agora só faltam mais duas etapas até Dakar, num total de 953 quilômetros. A prova termina dia 21 no Lago Rosa, na capital do Senegal.
Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro
Last modified: fevereiro 21, 2017