Marlon acredita que completar o Dakar já será um grande feito (foto: Marcelo Maragni)
O Rally Dakar 2011 começou tranquilo para Marlon Koerich/ Emerson Cavassin, com etapas muito parecidas com o que a dupla encontra no Brasil. Nas duas últimas especiais, no entanto, a dupla enfrentou pela primeira vez as temidas dunas chilenas, sentindo assim o que representa o verdadeiro maior rali do mundo. Após dias longos e difíceis, o piloto acredita que completar as 13 etapas da competição já será um grande feito.
Os últimos dois dias me mostraram o que eu esperava do Dakar, com mais dunas e dificuldades. Mas, talvez o que mais complica, é a somatória de todos os dias, porque você percebe que após enfrentar várias especiais puxadas seu corpo sente e que você precisa estar com uma boa resistência e com um bom carro para superar tudo isso. Então a minha expectativa é manter o carro inteiro para poder chegar ao final, porque sabendo que só completando nós já estaremos fazendo um grande feito. É para isso que eu tenho trabalhado, afirmou o estreante.
Uma das grandes preocupações da equipe no começo da competição, o carro em que a dupla brasileira compete, até agora, não apresentou grandes problemas. Inclusive, Marlon diz que se impressionou com o desempenho do mesmo, principalmente nas dunas.
O carro está bem até agora. Ele tem algumas limitações por ser mais antigo, com uma configuração mais antiga. Principalmente na parte de suspensão porque, na parte do off-road, onde nós saímos realmente da estrada, nós sentimos bastante e precisamos andar muito devagar para não estragá-lo. Mas, fora isso, o carro é muito bom para andar em areia e o motor é legal. Essas são características que ajudam bastante para passar esses trechos de duna, contou.
Experiência – Começar a jornada em grandes competições pela primeira vez na carreira é sempre muito difícil. Estrear em um Rally Dakar, considerado o maior e mais difícil rali do mundo, torna a situação ainda mais complicada. Segundo Marlon, a falta de experiência poderá pesar, principalmente nos próximos dias, quando enfrentará mais dunas.
No off-road, os estrangeiros tem, realmente, um domínio nisso por conhecer a técnica e saber onde e como passar na duna, algo que não tenho, disse o piloto. Com o tempo, no entanto, eu vou pegando e aprendendo a superar. Depois da metade, começam a aparecer especiais mais difíceis. Mas, como todo dias nós vemos pessoas quebradas, isso nos lembra ainda mais que o importante é chegar. Então precisamos cuidar do carro e andar cautelosamente para poder chegar e terminar o rali, completou.
Este texto foi escrito por: Caio Martins