Helena e Jose retomam parceria (foto: David Santos Jr./ www.webventure.com.br)
Após o incêndio na TR4 que tirou a dupla Helena Deyama/ Joseane Koerich da disputa do Rally dos Sertões em 2009, a dupla está pronta e confiante para a temporada de 2010. A piloto confirmou a compra de um Mitsubishi L200 e a participação na edição deste ano do Sertões e em outras competições.
Desde que perdi o carro eu estou sem competir, foi aquela batalha de terminar de pagar aquele carro para conseguir pensar em preparar outro. E eu ainda estava indecisa de qual carro iria escolher, pois a TR4 foi uma nova experiência, um carro leve, preparado a álcool e que terminou de uma forma traumática, relembrou Helena, que admite o trauma mais psicológico do que o susto em si. Nunca deixei de terminar um Sertões, doeu para mim. Ela contou com a colaboração dos pilotos do Sertões, que improvisaram uma rifa para ajudar as amigas e também de Nasser Al-Attiyah, que doou 20 mil dólares à dupla.
Sobre a TR4, um projeto que demorou mais tempo que o previsto para ser terminado, Deyama tem ótimas recordações, apesar de ter dirigido apenas sete dias. A preparação para um carro para o Sertões é bastante demorada, e no caso da TR4 acabou demorando mais tempo do que o programado. Então não tive oportunidade de correr antes. Sempre corro uma prova antes para saber as condições. Nesse caso, eu treinei um dia antes da largada em Goiânia. Eu estava gostando muito do carro, foi bem preparado e lógico, teve um período de adaptação que soube lidar rapidamente. A grande vantagem era em terreno arenoso. Caminhonetes sofrem muito com esse tipo de solo, esquentam, atolam. Ironicamente, no dia que andaria na maior especial de areia, aconteceu o incêndio. Eu levaria vantagem nesse dia, com certeza, destacou.
Companheirismo – Paradas, Jose e Helena não desistiram da parceria que nasceu em 2009. A piloto consultou sua navegadora para adquirir o novo carro. Joseane confirmou a dupla em 2010. A primeira prova será o Sertões Series, que inicia dia 28 de maio em Avaré (SP).
Fiquei naquela dúvida, conversei com muita gente para saber que rumo iria tomar, mas resolvi voltar com o carro que estava acostumada, a Mitsubishi L200. No momento era a forma mais rápida de voltar a correr. Andamos pouco juntas, mas a sintonia fora do carro é ótima e na dificuldade, ela esteve sempre por perto. O tempo todo a consultei sobre a compra do carro e foi uma decisão tomada em conjunto, afirmou Helena.
Helena explicou que, para se ter um carro competitivo, é preciso unir fatores importantes, como por exemplo, o custo-benefício. Para a L200, o tempo de preparação é de cerca de 2 meses, pois é um carro semi-pronto para um rali. Mas esse tempo pode ser maior, depende do projeto que você tem em mente e também se o custo é válido. Já desisti de projetos por conta do custo alto. Foi uma decisão mesmo que uniu todas as variantes que eram mais práticas e certas.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario