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Após mais de três anos, caverna do Poço Encantado (BA) volta a receber turistas


Caverna do Poço Encantado será reaberta no dia 11 de março (foto: Jurandir Lima)

Foram três anos de muitas batalhas judiciais, mas a caverna do Poço Encantado, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Chapada Diamantina, na Bahia, voltará a receber turistas. A reabertura da atração acontecerá no dia 11 de março, com a remoção do lacre que interdita o local por Celio Pinto, superintendente do Ibama na Bahia.

A confirmação de que o local poderia novamente receber turistas veio após um acordo firmado entre o superintendente e o proprietário da área onde fica o Poço Encantado, Miguel Jesus da Mota. Para tanto, o local precisará atender algumas exigências ambientais, como iluminação da caverna, limpeza da trilha e uma inspeção da segurança na área.

Durante os três anos em que ficou interditado (desde novembro de 2007), o Poço Encantado se tornou uma “decepção” para os turistas. Com a notícia da proibição, muitos desistiam de visitar os arredores da Bahia, o que atrapalhava também o trabalho dos guias, o desenvolvimento da região, e o comércio das localidades vizinhas.

Com a reabertura, o Poço ajudará não só a fomentar novamente o turismo, mas também deixará a visita à Bahia mais bela, já que o atrativo natural é considerado um dos mais surpreendentes do Brasil, principalmente por contar com um efeito visual espetacular em que pode ser avistado um feixe de luz solar entrando na caverna por uma fenda no topo da gruta, que traz uma cor neon às águas límpidas do local.

História – A interdição da caverna do Poço Encantado aconteceu em novembro de 2007 quando uma vistoria técnica do Ibama constatou a construção de uma escada de 102 degraus no interior da atração. Por ter corrimões confeccionados com cordas e madeira, além de pontos de iluminação artificial com lampiões de gás, descaracterizando a natureza do lugar, e também por não haver uma autorização de órgão competente e em total desacordo com a legislação ambiental, o local foi fechado para evitar outras alterações.

Após uma longa batalha na justiça, um termo de compromisso foi assinado por Miguel Jesus da Mota no último dia 18 de fevereiro. Nele, o proprietário se comprometeria a cumprir diversas exigências, como o reforço da segurança da escadaria construída, regularização formal da exploração turística, a autorização de uso da gruta pela Secretaria do Patrimônio da União na Bahia, obtenção de uma a licença ambiental do Ibama e a implementação de medidas de ação emergencial, todas acompanhadas por um analista do Ibama.

Este texto foi escrito por: Webventure