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Aquática: bom-humor ao lado de muito trabalho

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Veja a Aquática na prova de slalom

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‘Um bando de mulher ligado na tomada’ – meninas falam da convivência



E brincam de entrevistar umas às outras


Piraju (SP) – Elas formam uma das poucas equipes que não são de instrutores de rafting, juram que não têm medo de um ‘caldão’ e que não são cobertas de cantadas pelos atletas – apesar de serem nítida minoria numa modalidade ainda dominada pelos homens. “Na verdade, começamos como um time de namoradas de guias que se interessaram pelo esporte com o incentivo deles”, conta Soraia, uma das integrantes originais. A Aquática, que hoje comemora o primeiro título brasileiro, foi formada há um ano, quando de cara faturou o vice-campeonato nacional.

Contagiadas pelo pódio, decidiram abraçar as remadas juntamente com trabalho, família e… “Vida social? Isso a gente não tem mais. Passamos mais tempo juntas do que com nossos pais ou namorados – as que têm namorado, porque está difícil conciliar”, conta Camila, também uma das fundadoras da equipe.

Os treinos acontecem à noite, na raia olímpica da USP. Nos fins de semana, elas viajam para treinar no rio. “E às vezes, mesmo quando estamos de folga marcamos encontros. Realmente a gente é unida”, ressalta Ana Paula. Mas ela ninguém nega que aconteçam atritos. “São raros, mas existem. Afinal somos um bando de mulheres e toda menina é ligada na tomada”, brinca Camila.

Quem é quem – Para manter o equilíbrio dentro e fora do bote, cada uma tem uma ‘função’. Ana Paula é a “palhaça”, como as companheiras definem. Soraia, a ‘mãe’, mostrando muita calma. Camila se diz a estressadinha, enquanto Carol é a líder, não à toa a chefe da equipe. Renata, o “gnominho” e a outra Ana é a mais quieta – pelo menos em púbico. Márcia ficou com o papel de ‘nutricionista’- ela não deixa as meninas se esbaldarem com bobagens. “Por isso é que a gente faz um jantar de confraternização na véspera da prova, pra comer bastante doce”, entrega Renata.

Mas a Aquática sabe falar sério – e como. “Estamos pensando em competições internacionais, este Latino-americano seria o primeiro passo. A gente sabe que não vai ganhar, queremos é marcar a presença das brasileiras. É um sonho”, adianta Carol. O desejo vai virar realidade em outubro, no Brasil.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira