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Atleta da Quasar sofreu crises de bronquite


A equipe Oskalunga campeã desta primeira etapa do Ecomotion 2003 (foto: Camila Christianini/Webventure)

Direto da Serra do Cipó (MG) – Depois de passar a noite percorrendo um trecho de trekking e no ride&run (um atleta do time vai no cavalo e os outros vão correndo), as equipes Oskalunga, Quasar e Brasil 500 Anos despontaram na frente do resto do pelotão deste Ecomotion, corrida de aventura iniciada ontem, na Serra do Cipó.

Após um trecho de remada na Lagoa da Lapinha, essas equipes saíram para o trekking mais longo da prova, de 32km. A organização esperava que este trecho fosse concluído após dez horas de caminhada, o que não aconteceu. A Oskalunga foi muito mais rápida e cumpriu o trecho em sete horas e meia.

A Oskalunga e Quasar se revezavam na liderança da prova. Mas Fabrizio Giovaninni, atleta da equipe Quasar, sofreu ataques de bronquite, problema que nunca havia enfrentado antes e que foi provocado pelo clima seco e excesso de poeira na trilha. Isso dificultou a performance da equipe.

Sendo assim, a Oskalunga apertou o passo e venceu a prova no último trecho de bike, cruzando a linha de chegada às 17h52. A Mamelucos, que até então vinha em quarto lugar, aproveitou a má sorte da Quasar e chegou em segundo. Mesmo com problemas, a Quasar chegou na terceira colocação, seguida pela Brasil 500 Anos.

Os vencedores – A organização estimava que a primeira equipe a completar os 179,6km de prova fosse demorar 40 horas. Mas a Oskalunga surpreendeu a todos, completando o percurso em aproximadamente 27 horas. “O que facilitou bastante para nós é que a prova teve um terreno bem parecido com o que temos lá em Brasília, onde treinamos”, disse Barbara Bomfim, atleta da equipe campeã.

“Os únicos trechos complicados foram o trekking noturno e quando remamos contra o rio”, completou Monclair Camarota, capitão do time. “O Guilherme foi impecável na navegação”, comemorou. “O final foi totalmente com o coração; eu não tinha mais pernas”, desabafou, contente.

Sérgio Zolino, da vice-campeã Mamelucos, também comemorou: “Passamos a Quasar no rapel. Sabíamos que quem descesse o rapel primeiro chegaria na frente”. O time teve ainda bastante sorte. Ontem, a corrente da bicicleta de Cris Carvalho, atleta da equipe, quebrou duas vezes e três pneus furaram. “Pensei ‘hoje não vai ser o dia`”, disse Zolino. “Mas ficamos sabendo que alguém da Quasar estava passando mal e apertamos o passo”, completou.

Marina Verdini, da Quasar, lamentou o problema do colega Fabrízio. “Fiquei muito assustada. Foi a primeira vez que aconteceu uma crise em uma prova”, disse. “Mas mesmo assim fomos bem, pois erramos a navegação no começo da corrida e ultrapassamos muitas equipes”, completou.

Surpresas – Said Aiach, organizador da competição, comentou sobre a surpresa do dia: “Achávamos que a prova ia ser muito mais lenta, com 40 horas. Mas a Oskalunga pegou os trechos mais difíceis de dia. A estratégia que eles usaram foi muito boa”.

Mas, mesmo assim, até o momento muitas equipes continuam na corrida. Por conta do frio que faz na região, os times que estão em direção ao rapel e tirolesa enfrentarão uma dark zone durante a noite, ou seja, são obrigados pela organização a esperar amanhecer para entrar no rio, a fim de evitar casos de hipotermia.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini