Direto de Paulo Afonso (BA) – O Brasil Wild Extreme chegou ao fim neste sábado (12), em Paulo Afonso (BA). A disputa através dos quatro estados nordestinos Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco foi encerrada com um congresso entre atletas e organização sobre o crescimento do esporte de aventura no país.
Uma das presentes, a atleta Sílvia Guimarães, a Shubi, da equipe campeã SOS Mata Atlântica, frisou que no mundo não há organização de corrida de aventura como no Brasil. Aqui nós temos provas como o Adventure Camp que dá oportunidade para crianças muito pequenas até os profissionais de fazerem uma prova. Não existe outro país que ofereça essa estrutura, disse ela.
A atleta ainda lembrou que as crianças e adolescentes são o futuro do esporte, e serão os próximos grandes atletas no país, e por isso precisam de incentivo e investimento em treinamento, o que não aconteceu com os atletas da atualidade, já que a corrida de aventura se estabeleceu há 10 anos no Brasil.
Outra questão importante levantada pelos atletas foi com relação à incentivo fiscal dos governos estaduais. Nem todos os estados têm políticas de incentivo que viabilizam a realização de eventos na área.
O capitão da SOS Mata Atlântica, José Roberto Pupo, o Zé Pupo, ressaltou que não há competições estaduais e nacional estabelecidas. Eu vim da canoagem e lá tem os campeonatos estaduais, nacional. Eu sinto falta disso na corrida de aventura. Aqui o atleta que ganha é campeão de quê?, falou Zé.
O diretor geral do Brasil Wild Extreme, Julio Pieroni, levantou outro ponto essencial para o crescimento do esporte: comunicação e mídia. Dentro disso, o capitão da Quasar Lontra, Rafael Campos, afirmou que é necessário que a imprensa relate a corrida de aventura mais como um esporte de contato com a natureza e aproximação entre as pessoas, criando um círculo grande de amizade, e menos como algo sofredor e uma modalidade impossível de ser realizada.
Novidades a serem estudadas – Dentro das melhorias que podem ser feitas dentro do esporte, estão a criação de um circuito nacional de corrida de aventura, como um Campeonato Brasileiro
E o outro ponto levantado pelo diretor geral do Adventure Camp, Sérgio Zolino, que correu o Brasil Wild Extreme na equipe Oskalunga Sundown Camp Magazine, é a opção dos atletas levarem seus próprios ducks para as provas, facilitando assim seu desenvolvimento já que haverá certo conhecimento sobre o barco.
Todas as questões levantadas por atletas e pela organização durante o congresso foram registradas numa ata do evento e serão desenvolvidas pelos responsáveis ainda sem tempo pré-determinado.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi
Last modified: abril 12, 2008