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Atletas e organização falam das expectativas para o Ecomotion/Pro, durante abertura da prova


Shubi e Said deram as boas vindas aos competidores (foto: Pedro Sibahi)

Cerca de 300 pessoas lotaram o ginásio esportivo de Alto Paraíso, cidade goiana que é porta de entrada para a Chapa dos Veadeiros, durante a abertura oficial do Ecomotion/Pro 2012, na noite de sábado (12).

Além das 36 equipes, os times de apoio, moradores locais e imprensa acompanharam um show circense com poemas e danças de roda, apresentado pela banda Viajartes, da própria cidade.

Ainda rolou uma mensagem de boas vindas do prefeito Alan Barbosa, e a apresentação oficial de Shubi Guimarães como nova organizadora da prova.

Said Aiach, que participa da coordenação última vez, chamou atenção por estar usando “roupas de aposentado”, como ele mesmo definiu. De chinelo, camiseta larga e calça de moletom, ele afirmou que “a família Guimarães tem plena aptidão para levar essa prova para frente”.

Avaliando o que os atletas devem esperar dos próximos dias, Said disse que considera esta uma prova aquática, onde a habilidade em corredeiras vai contar muito. Contudo, para ele, os longos trajetos de mountain bike também devem favorecer quem pedala bem.

De acordo com Shubi Guimarães, que levantou o trajeto desse ano, o que vai pegar mesmo serão os trekkings e a orientação, com trechos sem trilhas e bastante duros. Questionada sobre os melhores competidores, ela disse que as equipes QuasarLontra (SP) e Vidaraid (formada por espanhóis e brasilienses) devem se dar melhor, mas a Canoar (SP) e Cavalera (SP/DF) podem surpreender.

Preparação. Depois da música e apresentações de abertura, os capitães de cada equipe pegaram o mapas com o percurso, e os organizadores passaram o briefing para os próximos dias.

Após uma rápida olhada no mapa, Matias Madureira, da equipe Gantuá, disse que a expectativa maior é com a canoagem. “Os trechos técnicos deixam a gente um pouco apreensivo”, afirmou.

Sérgio Zolino, criador do Adventure Camp que vai correr na equipe BMC Brasil Maquina, disse que a prova está bem bonita e bem organizada. “A participação da Shubi deu um gostinho a mais na parte técnica e na diversão”, disse ele, que espera passar mais perrengue capotando o bote no rio.

Já para Jonander, argentino da Vidaraid, as corredeiras não devem preocupar tanto. “O trecho mais pesado deve ser nas trilhas de trekking”, afirmou.

Outro que não deu tanta atenção às pernas aquáticas foi Carlos Vidal, da Quimera. Questionado sobre a maior dificuldade que espera, ele disse que “há trechos muito longos sem apoio, com 48 ou até 136 quilômetros”.

O que preocupou Rafael Campos, da QuasarLontra, foi o último trecho de dark zone, onde os atletas não podem passar se chegarem depois das 17 horas. “Se uma equipe estiver 6 horas adiantada, mas chegar nesse ponto depois do horário, pode perder toda a vantagem”, afirmou.

Para ver. Quem estiver na cidade de Alto Paraíso poderá acompanhar a passagem das equipes na terça-feira (15), quando há um posto de controle dentro do município. Nos dias 17 e 18 também serão realizadas seções de cinema com filmes sobre esportes de aventura, abertas para todo o público.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi, direto de Alto Paraíso (GO)