Atletas tiveram de tomar cuidado com a vegetação durante o rapel. (foto: Lígia Nunes)
Entre o céu e o mar da Praia do Sono em Paraty, uma montanha de 90 metros. Foi neste cenário que aconteceu o rapel que desafiou as equipes. O austríaco Dülfer, que praticou o rapel pela primeira vez como atividade esportiva nos Alpes em 1879, talvez não imaginasse que a prática se transformaria em um esporte tão atrativo para aventureiros.
Os atletas vinham de um longo percurso de trekking sem parada. Para chegar ao PC08, seguiram duas trilhas: cada uma de um lado da Praia do Sono. A trilha foi encarada pela Webventure e descobrimos um caminho com subidas e descidas íngrimes, muitas árvores, mato rasteiro dificultando a travessia por causa das samambaias espinheiras que causaram alguns arranhões.
Mas, o visual é compensador. A água é verde e transparente e a vegetação envolve toda a praia. Quando chegamos ao PC08 as equipes Quasar (1º) e Epinephrine (2º) já haviam passado pelo posto. A equipe Lontra Radical(3º) chegou inteira, nem pareciam ter caminhado a noite toda. Checaram os equipamentos, carimbaram o passaporte e se equiparam: capacete, cadeirinha e blocantes mecânicos para emergência.
Para chegar ao rapel uma pequena trilha. Nativo e Natali, responsáveis pela modalidade de cordas e técnicas verticais na EMA 2000, já aguardavam os atletas. A 90 metros de altura podia-se ver toda a estrutura do rapel: as cordas grossas para o trajeto do rapel de cima até embaixo, freio principal linear – que evita torcer a corda -, o cordelete de prusik ou o blocante para segurança, ancoragem (ponto de onde é feita a conexão da corda).
Equipamentos são fundamentais para a segurança – Na descida, porém, é preciso respeitar etapas: preparar a cadeirinha, mosquetões, freios, conexão e fixação. O atleta veste a cadeirinha, conecta o mosquetão principal ao cinto, prepara o freio, checa todos os pontos de conexão e libera a abordagem. A postura obedece algumas regras: abertura de pernas proporcional ao ombro, joelhos semi-flexionados mantendo o corpo afastado do freio para evitar enroscar cabelo ou roupa.
Descida perfeita dos três integrantes da equipe Lontra. Logo atrás veio a equipe Brasil 500 Anos que também desceu sem nenhum problema. As equipes seguiram pela costeira da praia para enfrentar a caminhada e o trekking.
A Webventure realiza a cobertura on line e oficial da EMA 2000 com apoio de Ford, Timberland e By.
Este texto foi escrito por: Lígia Nunes
Last modified: outubro 25, 2000