Webventure

Aventureiro viaja por lugares mais remotos do mundo para chamar atenção ao aquecimento global


Charlie Frew e sua Hilux já estão há cerca de 9 meses na estrada (foto: Divulgação/ Charlie Frew)

As aventuras não são novidade para o britânico Charlie Frew. Mas desta vez ele escolheu um propósito diferente para ganhar o mundo mais uma vez. Com expedições no currículo que incluem destinos como a América Central, ele decidiu pegar a sua picape Hilux e chamar a atenção para a questão do aquecimento global, viajando por alguns dos lugares mais remotos do mundo, onde o meio ambiente é extremamente frágil.

Charlie Frew, um especialista em ambientes marinhos radicado em Hong Kong, iniciou a sua jornada ainda em maio de 2010, e pretende terminar apenas no mesmo mês deste ano. Saindo da ilha chinesa, serão mais de 40,2 mil quilômetros de chão até Portugal, passando na Ásia por China, Mongólia e Sibéria (no norte da Rússia), e na Europa por Noruega, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Suíça, França e Espanha.

Nos últimos meses, Frew tem enfrentado o frio intenso da Europa. No entanto, apesar de todas as dificuldades para se manter aquecido, talvez os maiores problemas tenham sido com o carro. “Encarando temperaturas de -35º C, eu sofri para manter a Hilux funcionando”, contou o britânico, que tem uma picape especialmente preparada para a expedição pensando no frio que teria pela frente, ele trocou todos os componentes elétricos por peças mecânicas.

Atualmente próximo da Cordilheira Jura, que faz parte dos Alpes e fica entre Suíça, França e Alemanha, Frew já se prepara para o fim da aventura, no farol do Cabo de São Vicente, mas ainda lembra alguns dos episódios mais marcantes de sua expedição. Passando por locais diretamente afetados pelas recentes mudanças climáticas globais, o britânico recordou um momento difícil que passou na Sibéria.

“Durante uma noite e com uma janela quebrada, fui de Murmansk (na Rússia) até a fronteira com a cidade norueguesa de Kirkenes, com ventos muito fortes e neve nas estradas”, contou. “Passando os postos militares russos, as memórias da guerra e as cidades que se tornaram lixos ecológicos, essa parte do mundo era triste e ao mesmo tempo quieta”, completou Frew.

Este texto foi escrito por: Webventure