Mulheres dão charme à Semana de Vela (foto: Divulgação/ Aline Bassi)
A 37ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week, que teve início no último sábado (17), conta com a participação de 158 barcos. Entre eles, os veleiros HPE 1, Bravo Sierra/ Semp Toshiba, HPE25 Semp Toshiba e Crystal/Doox chamam atenção por onde passam. Isso porque as quatro embarcações contam apenas com integrantes femininas.
Somos femininas mesmo dentro do barco, mas sabemos quando precisamos ser um pouco mais duras para resolver alguma situação de regata. Aqui é a segunda vez que competimos todas juntas e aos poucos vamos nos conhecendo dentro do barco, contou Juliana Senfft, que ao lado de Marina Cardia, Gabriela Nicolino, Amanda Rodrigues e Luciana Kopschitz, compete no Bravo Sierra.
De acordo com Martine Grael, filha do medalhista olímpico Torben Grael, ter um barco apenas de mulheres é muito interessante, mas, em algumas situações, é prejudicial. Em um barco só com mulheres, temos mais dificuldades quando tem vento muito forte. Tirando isso, conseguimos superar os problemas, disse a tripulante do HPE 1.
A velejadora Adriana Kostiw, medalhista pan-americana na Laser Radial, também aponta uma desvantagem pós-prova. Geralmente acabamos as regatas mais cansadas que os homens, mas conseguimos fazer tudo que eles fazem dentro da água. Não tem segredo, afirmou a velejadora do HPE25 Semp Toshiba.
Importância – A marinheira Andréa Rogick, que comanda o Crystal/Doox, acredita que é muito importante a participação feminina no esporte. Segundo ela, que tem ao lado a sobrinha Letícia Rogick, de apenas 9 anos, quanto maior o número de mulheres na vela, menor o preconceito da sociedade.
Velejo há dez anos e já é a sexta vez que disputo a Rolex Ilhabela Sailing Week. Eu acho que o aprendizado que adquirimos no veleiro serve para toda a vida. Por exemplo, na hora de trocar um pneu. Acredito que superamos um preconceito grande, inclusive da nossa sociedade, explicou.
Este texto foi escrito por: Webventure