O município de Barra de Santana, localizado a 190 quilômetros de João
Pessoa, é a mais recente descoberta dos praticantes do Turismo Ecológico em nosso Estado. O relevo local é propício à realização dos esportes radicais em contato com a natureza.
A cerca de 4 quilômetros da Barra de Santana encontra-se a barragem inacabada de Curimatã, iniciada por militares na década de 60 e que atualmente encontra-se abandonada. Um Posto de Observação e uma residência com características militares são as construções mais próximas da barragem. O Posto serve de abrigo para os rapeleiros (praticantes do rapel – técnica de descida com cordas muito
utilizada por Alpinistas), que fazem lá sua ancoragem (fixação da corda). Do Posto de Observação , ponto mais alto do Canyon, são cerca de 60 metros de descida em uma rocha irregular até o vale que margeia o rio Paraíba.
“O município de Barra de Santana, localizado na região da Borborema está sendo explorado somente agora pelo Turismo de Aventura”, afirma Henry Pereira, gerente de Ecoturismo da VivaTurismo, empresa especializada neste ramo. Henry explica que o passeio inicia-se com um café da amanhã reforçado – Saímos daqui às 6 horas da manhã e quando chegamos na cidade tomamos um café reforçado na Pousada de Dona Josefina.Tem leite de vaca, ovo de galinha de capoeira, cuscuz, manteiga da terra, carne-de-charque e queijo”.
Ecoturismo e comércio
Com o crescimento do Ecoturismo voltado para o interior, surgem novas
fontes de renda para os comerciantes estabelecidos nas proximidades dos
locais explorados. O turismo de aventura além de propiciar um maior contato com a natureza, possibilitando ao praticante descarregar todo estresse acumulado durante uma semana de trabalho, também traz benefícios para as comunidades interioranas de nosso estado. “Nós temos a preocupação de visitar as cidades e contribuir com o comércio local, seja fazendo refeições ou comprando produtos típicos da região”, explica Henry.
O passeio continua
Após o rapel na barragem , a atividade prossegue numa caminhada sob as
margens do rio Paraíba, numa trilha recheada de pedras escorregadias. O percurso até a Pedra do Altar dura cerca de 3 horas. Durante o trajeto pode-se observar pequenas quedas d’água e poços naturais.
Na Pedra do Altar – contam os moradores locais – eram celebradas missas diárias pelos padres missionários que catequizavam os índios Cariris.Inscrições gravadas em um matacão, com uma espécie de tinta vermelha comprovam a existência da aldeia.
O Altar está localizado à margem esquerda do rio Paraíba, entre as cidades de Alcantil e Barra de Santana, distando nove quilômetros da rodovia Campina Grande – Caruaru, à nordeste de Alcantil, nas proximidades da fazenda Mororó.
Este texto foi escrito por: Erik Anderson