Brasileiros no Extreme 40 competem ao lado do treino do Brasil 1 (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Direto do Rio de Janeiro (RJ) – O catamarã Basílica, único representante inglês no grand prix do Extreme 40, venceu três das quatro regatas disputadas hoje na Baía de Guanabara. Os cinco barcos disputaram nas condições perfeitas para as quais foram construídos, ventos moderados e águas calmas dentro da baía.
Foi uma velejada fantástica. As condições mudavam constantemente, foi muito desafiador, mas é um prazer enorme. Foi um sonho para qualquer tático, disse Mitch Booth, criador da classe e tático do veleiro Holmatro.
Booth não conseguiu vencer nenhuma regata, mas explicou o que dificulta o desempenho na Baia de Guanabara. São veleiros muito rápidos, então não ficamos procurando pela direção do vento e sim para onde está o vento extra, onde estão as rajadas mais fortes. Tudo se resume em tentar antecipar o que acontecerá depois, comentou.
Reconhecimento – Os locais se deram muito bem hoje, eles tiveram problemas com a largada, mas conhecem muito bem a baía”, disse, se referindo aos brasileiros. “E o Basílica fez um trabalho fantástico. Teremos muito trabalho para tentar alcançá-los nos pontos agora, reconheceu Booth.
O veleiro oficial da Volvo no Extreme 40 tem a presença de brasileiros para essa etapa do grand prix. Eduardo Penido, medalha de ouro nos jogos olímpicos de 80, e Maurício Santa Cruz, atual campeão mundial de J/24, integraram a tripulação do caramarã.
Foi muito bom, é uma classe nova, apesar do catamarã ser muito parecido com o Tornado. É uma regata bastante divertida. A adaptação ao barco foi boa, as manobras saíram bem para a primeira vez que velejamos nele. Faltou só entrosamento para largada e detalhes que só se pega velejando todo dia, comentou Santa Cruz, que ficou controlando a vela mestra.
A Baía de Guanabara é o lugar onde eu velejo desde criança. Estou adaptado. Se der uma rondadinha de vento eu sei a hora que ele vai entrar, e isso ajuda, comentou o campeão mundial. Ele vai usar sua experiência na baía para orientar a tripulação do Ericsson nos treinos para a in-port race. A partir de amanhã vou trabalhar com o pessoal do Ericsson, passar todas as informações da raia, sobre maré e ventos. Vou velejar com eles de quarta até sexta-feira e no sábado vou dar uma ajuda na tática da regata, concluiu.
Cansaço – Eduardo Penido também aprovou o primeiro dia de velejada no Extreme 40, mas saiu cansado do veleiro. Foi muito cansativo, a manobra é difícil. Estamos aprendendo ainda, mas foi bem legal, disse o campeão olímpico.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: março 21, 2006