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Bastidores do recorde brasileiro de paramotor


Sérgio e seu paramotor. (foto: Arquivo pessoal)

Na última quinta-feira (21/07), o piloto e instrutor Sergio Kawakami decolou às 12h45 do Molhe do Sul, na praia do Cassino, no Rio Grande (RS), com um paramotor “Parapente motorizado” rumo ao extremo sul do país, na Barra do Chuí.

O vento era do quadrante norte de aproximadamente 20 km por hora. Início muito turbulento. Essa região requer muita atenção, principalmente na virada do vento, já que de uma hora para outra o vento vira e aumenta de intensidade.

Com atenção total eu sigo rumo ao primeiro ponto de referência: a Santa de Iemanjá. Tudo muito rápido, já que estava de vento a favor. Chego ao navio naufragado e dou adeus à civilização, ou seja, a alguns pescadores solitários pela orla.

Dunas e mais dunas numa região desértica com visual inclível. Após uma hora de vôo vejo a Torre do Farol de Sarita. Isso indicava que já teria percorrido algo em torno de 70 quilômetros. Estava só começando o vôo.

Passo pelo Farol de Verga e chego ao Albardão. Como tinha comentado no início, o vento de repente vira e começa a me empurar para dentro do mar. Olho para o continente e vejo uma fumaça na reserva ecológica Taim completamente deitada. Começo a me preocupar. Coloco o parapente de frente para o vento e ele não corresponde.

Solto os trimmer e noto uma pequena melhora na performance, mas nada para ficar contente. Tento forçar o vôo contra o vento, só consigo subir e avançar: pouco, de repente olho para a fumaça. Ela sobe reto e depois volta à posição anterior Norte/Leste. Alívio geral. Chego ao vilarejo de Hermenegildo e mais 10 quilômetros até a Barra do Chuí.

Foram 250 quilômetros voado e novo recorde brasileiro de paramotor. A próxima missão visa altitude e nordeste. Até lá.

Este texto foi escrito por: Sergio Kawakami