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Bê Magalhães está de volta aos ralis

Redação Webventure/ Offroad

Bê Magalhães tem como maior objetivo o Dakar. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)
Bê Magalhães tem como maior objetivo o Dakar. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)

Direto de Goiânia (GO) – É difícil gostar de moto off-road e nunca ter ouvido falar de Bernardo Magalhães, o Bê. O mineiro de 33 anos, ainda com cara de moleque, tem 10 anos de história em duas rodas uma data que se mistura com o aniversário do rali do Sertões. A estréia do piloto em provas do gênero foi no Rally São Francisco, só para motos, que está sendo divulgado como percursor do Sertões no Brasil. Bê foi o campeão daquela prova e em 1997 correu seu primeiro e até então único Sertões, terminando como vice-campeão na geral. Foi fazer história no enduro e agora está de volta ao Rally.

O intervalo de tantos anos for a deste tipo de competição tem um motivo, o grande objetivo do piloto: o Dakar. A diferença entre ele e tantos outros colegas que também visam o maior rali do mundo é que Bê diz estar se preparando desde a adolescência, quando ele leu sobre o Dakar numa revista, e durante toda a sua carreira para realizar este sonho.

“Eu fiz rali no começo e depois parti para outros tipos de prova porque quero chegar ao Dakar como um piloto completo e, sinceramente, competitivo. Minha idéia é construir uma base forte, como fazem os pilotos europeus. Fiz essa base no enduro e no motocross. Agora que estou com 33 anos é a hora de levar os ralis”, explica.

Paixão de infância – A paixão pelo esporte-motor vem de família. O pai de Bê foi piloto de carro e a mãe possuía uma equipe de cronometragem. “E ainda tenho como padrinho Toninho da Matta e, como primo, Cristiano da Matta, grandes nomes do nosso automobilismo. “Cresci neste meio”, diz.

A volta ao Sertões bem no aniversário de 10 anos foi coincidência, diz Bê. “O meu maior objetivo neste ano era o Six Days (Mundial de enduro), que vai acontecer em setembro, na República Tcheca. Um mês antes o pessoal da KTM me avisou que tínhamos toda a estrutura para ir para o Sertões. ‘Então, vambora’, eu disse”, conta.

Nova moto – Bê vai usar uma KTM 640 no rali. “Peguei a moto há um mês e nesse tempo tenho me dedicado a aprender a andar nela”, revela. “É uma moto mais pesada do que estou acostumado e com o tanque cheio (30 litros, ela muda completamente as reações. Preciso me acostumar com isso”.

O objetivo do piloto na prova é… chegar a Fortaleza. “Eu vou adotar uma estratégia totalmente conservadora, quero chegar lá e com a moto inteira.” Mas ele não descarta a busca de um bom resultado. “Quero me manter no pelotão de frente até domingo e ver se a partir da semana que vem eu consigo ser competitivo”.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: julho 24, 2002

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