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Belezinha diz ter pelo menos mais cinco anos de escalada

Redação Webventure/ Montanhismo

André Berezoski  o Belezinha (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)
André Berezoski o Belezinha (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

O tetracampeão brasileiro de escalada esportiva André Berezoski, o Belezinha, afirma ter pelo menos mais cinco anos de escalada. Aos 29, ele representou o Brasil em cinco das dez etapas do Campeonato Mundial na temporada 2006. No último fim de semana, Belezinha ficou em segundo lugar na final do Campeonato Brasileiro.

O atleta competiu com um ligamento do tornozelo esquerdo rompido, e escorregou a duas agarras do fim da via, a 30 metros de altura, exatamente em um local onde era preciso força no calcanhar. “Escalar lesionado sempre atrapalha, porque é impossível ficar totalmente relaxado. Senti dores no meio da via, mas depois que esquentei e como eu estava mais focado na escalada, esqueci a dor”, explica Belê.

Mesmo com o segundo lugar, ele saiu contente da final do Brasileiro. “Tinha chances de levar o título, mas o pessoal está treinando forte, levando muito a sério. O nível dos atletas brasileiros subiu muito. Já tenho quatro títulos nacionais, não dá para se manter sempre no topo”, comenta.

Futuro – Além da experiência adquirida nas participações em mundiais, Belezinha traz novidades para as competições nacionais. A via da semifinal feminina teve um módulo móvel a uma agarra do fim, em forma de gota. As escaladoras tinham que sair da parede, agarrar no módulo preso ao teto e se esticar até a última agarra. A idéia, projeto e fabricação foram de Berezoski. “Não é muito complicado, mas tem a dificuldade de ser móvel, além de tudo é preciso equilíbrio”, aviou Adérito Costa, o Adebas, route-setter da final.

“A temporada 2006 para mim foi bem produtiva. Minhas participações no mundial me fizeram evoluir muito, não só na técnica mas também em informação”, comenta Belezinha. “Só o fato de assistir e está lá entre os melhores já é uma evolução muito grande. Para mim, um brasileiro competir no mundial é muito importante.”

O brasileiro já enxerga mais usos dessa experiência no futuro. “Com certeza vou continuar fazendo alguma coisa relacionada com escalada depois que parar de competir. Seja com organização de campeonato, ou mesmo aula e treinamento, não vou abandonar o esporte tão cedo”, avisa. “Temos escaladores com 38, 39 anos competindo no mundial, com muita experiência e escalando super bem, disputando vaga com os primeiros. A nova geração vem com fúria, mas nesse tipo de competição conta muito a experiência”, conclui o escalador.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: dezembro 11, 2006

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