Igor e Beto esperam por tempo bom hoje. (foto: Maristela Colucci/Divulgação)
O brasileiro Beto Pandiani e o francês Igor Bely tiveram de adiar o início da aventura de 17.400 quilômetros num barco à vela rumo à Austrália. A dupla tinha programado para o último sábado a saída do Chile, porém reviu seus planos devido às condições climáticas. Ir ou não ir não é a questão, mas sim quando ir e como ir, ressalta Beto.
Já que navegamos em uma jangada hi-tech sem cabine, temos que tomar a decisão correta. E como não temos margem de erro, as nossas decisões têm que ser certeiras, acrescenta, lembrando ainda que a idéia de largar em 6 de outubro foi tomada há muitos meses. Como é impossível saber com tamanha antecedência o que a meteorologia vai mostrar, sabemos que podemos sofrer variações nas datas. Foi o que aconteceu, completa.
Assim, a travessia deve começar nesta segunda-feira. Depois de uma conversa com Pierre Larsnier, que está na França, a dupla também optou por fazer algumas alterações na rota. Os ventos alíseos de sudeste, que são os ventos constantes nesta região, este ano estão mais ao norte da Ilha de Páscoa. Para tentarmos não ficar sem vento, ou mesmo não termos muitos ventos variáveis, vamos velejar mais ao norte do que pretendíamos e depois mergulhar mais ao sul rumo à Ilha, conta Beto.
A tendência é que a aventura ganhe ainda mais quilometragem. Alguns dias depois, eles passarão pelo Taiti e Polinésia Francesa. De qualquer maneira este adiamento caiu bem, pois estamos muito atarefados nestes últimos dias antes da saída, e tanto o Igor como eu não queremos sair às pressas e sem tudo estar 100% arrumado no barco.
Segurança – Uma das maiores preocupações dos navegantes é com a integridade física. Eu duvido que alguma embarcação tenha o que nós temos. Para vocês terem uma idéia, levamos a bordo: kit médico completo, balsa salva-vidas revisada e com certificado, uma reserva de água de 40 litros e mais dois dessalinizadores manuais, fogos de sinalização, dois EPIRB (localizador de emergência em caso de resgate), dois rádios VHF, dois telefones via satélite, um computador à prova de água da Semp Toshiba para nos conectar à internet, um rastreador via satélite que transmite a nossa posição a cada três horas, três GPS, quatro bússolas, protetor solar (Coppertone FPS 48), roupas com proteção anti UV (Santa Constância), roupas secas (as mesmas usadas na Antártica), comida para quarenta e cinco dias. E ainda contamos com a consultoria de um excelente meteorologista na França, finaliza.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: outubro 8, 2007
