Pausa em Vanuatu renderá dois meses de espera (foto: Maristela Colucci/ Divulgação)
Beto Pandiani e Igor Bely farão mais uma pausa na Travessia do Pacífico, que começaram em outubro de 2007, saindo de Viña Del Mar, no Chile, e tem chegada marcada em Bundaberg, na Austrália. A primeira previsão seria de terminar a travessia do Pacífico Sul, após 17.400 quilômetros, no meio de julho, porém alguns problemas no barco adiaram o término para agosto, e agora a dupla de velejadores ficará dois meses em terra e retomará a aventura em outubro.
Após uma pausa forçada em Vanuatu, para consertar uma quebra no parafuso da travessa frontal, Pandiani e Bely descobriram uma trinca na travessa e levarão cerca de dois meses para reparar as avarias e voltar ao mar, para mais 1000 milhas, cerca de 1.850 quilômetros até o destino final.
Quando começamos mexer nas travessas, o Igor percebeu um início de trinca, quase imperceptível a olho nu. Fica exatamente no lado oposto ao que quebrou no ano passado, quando chegávamos a Mangareva, comentou Pandiani.
Além de fazer o conserto na travessa, eles esperarão por melhores condições de tempo, já que a Oceania sofreu com o mau tempo e ventos de até 170 km/h, e foi justamente as tempestades e ventos fortes que causaram os danos no Bye Bye Brasil, o catamarã sem cabine que os leva na Travessia do Pacífico.
Vivenciamos mais uma vez a experiência de sermos humildes e reconhecermos os nossos limites. Vamos voltar e dar tudo que temos para chegar à Austrália. Esta é uma promessa que faço para mim mesmo e para todos que estão torcendo por nós. Quero deixar registrado que, em breve, gostaria de gritar “Terra à vista! Austrália!” e dar um abraço no meu grande companheiro Igor, disse Betão.
Vulcão – Aproveitando a pausa em Vanuatu, Beto Pandiani e Igor Bely fizeram uma viagem de duas horas até Yasur, o segundo maior vulcão em atividade. Assim que descemos do carro, fomos surpreendidos por uma grande explosão. Vimos subir bem à nossa frente pedras imensas de lava, que eram cuspidas para o alto e jogadas longe. As explosões faziam o chão tremer, o som era alto e muito violento. Difícil descrever o que vimos. Ficamos tão impressionados que decidimos voltar no dia seguinte, contou Pandiani, que ressaltou a boa receptividade da população da região com os dois. De acordo com eles, os moradores de Vanuato, considerados como o povo mais feliz do mundo, não pouparam acenos e sorrisos.
Este texto foi escrito por: Webventure