Markolf consquistou o segundo lugar para o Brasil no downhill. (foto: Luiz Doroneto)
As principais competições de mountain bike no Brasil puderam comemorar em 2005. O esporte cresceu, o número de participantes nas competições também e assim surgiram novos nomes no esporte.
Em 2005, 1.200 atletas de mountain bike e downhill estão filiados à Confederação Brasileira de Ciclismo; em 2004, eram apenas 800. Esse crescimento de 50% deve-se ao fato dos atletas estarem buscando maior profissionalismo no esporte, pois quem não está filiado à Confederação não pontua no ranking brasileiro e, conseqüentemente, o patrocinador não aparece.
O cenário do mountain bike como um todo tem ganhado mais credibilidade. A famosa Copa Ametur, realizada todos os anos em Minas Gerais, passou a se chamar Copa Internacional de Mountain Bike e a contar pontos para a União Ciclística Internacional (UCI). Por isso é a principal prova para os profissionais do mountain bike brasileiro e promete sair da cidade de Minas Gerais realizando uma etapa em São Paulo em 2006.
O Iron Biker, outra competição que acontece todos os anos em Minas Gerais, mais exatamente na cidade de Ouro Preto, em 2005 atingiu a marca inédita de 1.130 bikers nas trilhas e mais uma vez se sagrou como a prova com o maior número de atletas no país. Em 2004, 1.120 bikers participaram do evento.
Revelações – Marcio Ravelli, Odair Pereira, Edivando Souza Cruz, Abraão Azevedo e Jaqueline Mourão, considerados veteranos do mountain bike brasileiro, ganharam novas companhias neste ano nas primeiras posições do ranking da modalidade.
Surgiram nomes como Rubens Donizette, Tiago Aroeira, Ricardo Pscheidt, Tacio Camargo, Erika Gramiscelli e Roberta Stopa, a turma da nova geração, e agora eles são algumas das promessas que podem levar o nome do Brasil ao topo do pódio.
No mês de julho tivemos pela primeira vez na América do Sul uma etapa da Copa do Mundo de Mountain Bike, realizada em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Só o fato do Brasil ter sido escolhido como sede do evento já é motivo de comemoração.
E os brasileiros fizeram bonito. Os melhores colocados no cross-country foram Tiago Aroeira (11º lugar) e Jaqueline Mourão (4º lugar), com Erika Gramiscelli em 6º lugar. Na disputa do downhill, o destaque foi para Markolf Berthold, vice-campeão na categoria e que levou a bandeira brasileira no lugar mais alto.
E por falar em downhill, Marcio Ravelli, considerado uma lenda do mountain bike cross-country, conquistou em 2005 o seu décimo título brasileiro e anunciou que vai deixar as trilhas. No ano que vem ele irá se dedicar apenas às descidas em alta velocidade das competições de downhill.
Parece que o esporte está se renovando. Novos atletas surgindo nos pódios, outros mudando de categorias, mais emoções surgindo nas provas. Mas o que ainda pode se lamentar é a premiação feminina, que continua sendo mais baixa do que a masculina. É uma coisa para mudar no ano que vem aí, e tornar o esporte mais profissional e justo.
Camila Christianini, é jornalista e repórter do Webventure. Além disso, pratica mountain bike e corridas de aventura, há pelo menos dois anos, e sempre que pode dá um jeitinho de conhecer novos esportes. Camila é uma das responsáveis pelas editorias de Corrida de Aventura, Bike, Canoagem e Rafting, Pára-quedismo, Vôo-livre. Este é um texto opinativo e reflete a opinião de seu autor. |
Este texto foi escrito por: Camila Christianini
Last modified: dezembro 19, 2005