João Lin apoio e mecânico da Track Field; bike deve ser confortável e leve. (foto: André Pascowitch)
Trindade (RJ) – As equipes participantes da Expedição Mata Atlântica 2000 irão hoje enfrentar 100 km de mountain bike, subindo a Serra do Mar. A trilha será pesada e muita técnica, com alguns trechos em que os competidores terão que empurrar as bikes. Para conseguir vencer todas estas dificuldades, as bicicletas possuem algumas peculiaridades necessárias para uma corrida de aventura.
A primeira delas, segundo integrante do apoio da Track & Field (29) e protético mecânico, João Lin, é que a bicicleta tem que ser confortável e leve. O competidor tem que ter conforto para poder pedalar legal. A maioria vai utilizar bikes com quadros de alumínio e de titânio, que é melhor pela durabilidade contra corrosão, contra a entrada em rios.
Porém , o conforto desejado requer um investimento em estrutura e equipamentos. Numa corrida de aventura a bicicleta é muito importante. O pessoal fala em comprar uma bike barata para não estragar. Essas bicicletas não têm estrutura, material, solda de quadro, peças, tudo que é fundamental neste tipo de prova, garantiu o integrante do apoio e mecânico da Pedal Power (03), Cléber Pereira. O que acontece muito é quebrar coisas fáceis na bike e ninguém ter peça para trocar. E a equipe sai da prova por causa disso. É sempre bom ter na equipe alguém que entenda pelo menos um pouco do assunto, completou.
Kit segurança – Durante a etapa, tudo pode acontecer. Um pneu furado. Quebra de corrente ou até da gancheira (peça que segura o câmbio traseiro). Por isso, é imprescindível que uma equipe leve ferramentas e peças de reposição para uma eventual emergência. Levamos coisas básicas: kit remendo, espátola, chave de corrente e pedaços dela para trocar, câmaras de pneu e refil de ar comprimido para encher, detalhou Victor Lopes, capitão da Timberland Lontra Radical Caloi (02), enquanto descansava no AT 02 (área de transição e continuação do mountain bike).
Já, os corredores da Track & Field, Tâmara e Michel Bógli e José Filho, sairão com uma novidade a mais. João Lin preparou um dispositivo auto-lubrificante para a corrente. Para fazer um teste, neste ano eu coloquei uma seringa na bike. Se tiver chovendo com muita lama, a pessoa de equipe não teria que descer da bicicleta e lubrificar a corrente. Pedalando mesmo em cima dela você injeta óleo na corrente. O óleo vai repelir a água e a lama da corrente, fazendo com que a transmissão continue ao longo do percurso.
Manutenção – Cada equipe conta com equipamentos de reserva para a manutenção das bikes. Dois integrantes da Pedal Power, Eduardo Coelho e Marcelo Maciel, estão com uma Rocky Mountain (com suspensão traseira e dianteira ), e Simone Maciel com uma Ritchey (rígida, suspensão traseira). Além delas, há mais uma bike Rocky Maountain com o apoio. A maioria das equipes dispõe de, no mínimo, das principais peças, como correntes, coroas, pedais, entre outras.
A manutenção deve ser feita antes da prova, mas é importante ter cuidados básicos. Não se pode deixar isso para a última hora, porque pode faltar alguma coisa. Provavelmente, durante a prova é preciso escovar e lubrificar a corrente. De resto é dar uma olhada nas sapatas de freio e no alinhamento da roda, descreveu Lin. Outro detalhe importante é a calibragem dos pneus. Depende muito do pneu, mas 45 libras em cada é fantástico. Uma bike full (com suspensão traseira e dianteira) eu aconselho 50 libras em trilhas pesadas, finalizou Cléber.
Os fatores se somam e todos os cuidados são fundamentais. Assim, as equipes não terão problemas e o rendimento delas pode melhorar, e muito, na EMA 2000 se tiverem uma bike bem preparada.
A Webventure realiza a cobertura on line e oficial da EMA 2000 com apoio de Ford, Timberland e By.
Este texto foi escrito por: André Pascowitch