Bomba no Paulista: garotos superam limites com bom humor

Acham que somos moleques e é difícil conseguir ajuda para competir (foto: Débora de Cássia)

São Luiz do Paraitinga – No último Campeonato Brasileiro, eles chamaram a atenção pelo bom humor, ânimo e garra dentro do bote. Nove meses depois, os garotos da equipe Fogo na Bomba são destaque mais uma vez, e não só pelas brincadeiras: eles foram a grande revelação da primeira etapa do Campeonato Paulista de rafting, encerrada ontem. A prova contou com cobertura oficial do Webventure

Os atletas da equipe têm idade entre 15 e 20 anos. Sem nenhum apoio ou estrutura para treinos, afirmam que a vontade de vencer e o grande segredo dos bons resultados. “A gente quer muito, se esforça mesmo. É o único jeito de, apesar das dificuldades, conseguir chegar na frente”, explica Danilo, um dos integrantes, de 15 anos.

Moleques bons de remo – Nas provas do Paulista, pelo menos, o resultado de tanta vontade foi positivo. A Fogo na Bomba, depois de uma oitava colocação na modalidade tiro de velocidade, teve a tetracampeã Brasileira Canoar Master como adversária já na primeira bateria da modalidade sprint.

Mesmo perdendo, os garotos conseguiram passar para a próxima fase na repescagem. Conquistaram, no final, a terceira colocação na prova, atrás apenas das favoritas Canoar Master, bicampeã paulista, e Canoar Marvado. No slalom, considerada a mais técnica, garantiram novamente a terceira colocação.

Eles querem crescer – O resultado fez com que ganhassem ainda mais respeito da Master, considerada uma equipe-modelo por muitos competidores. “Sem dúvida a Fogo na Bomba é a equipe que mais queremos ajudar. São os nossos pupilos, eles têm muito talento”, destaca Fred, do time bicampeão.

“Acho que os nossos resultados aqui podem ajudar na procura por apoios e até patrocínio. Temos encontrado dificuldade ao procurar este tipo de ajuda: as pessoas olham para a gente e pensam que somos só moleques. Não acham que podemos ser mesmo bons de remo”, explica serio Jó, conhecido como o mais animado e brincalhão da equipe.

Sem ajuda, eles se esforçam para competir e não fazer feio. “Só o Fabinho trabalha com rafting na nossa equipe. Eu e o Jó trabalhamos com canioning. Quase todo mundo na equipe não tem a intimidade que a maioria dos outros competidores tem com o rafting por serem instrutores”, explica Alexandre, 15 anos. “A gente tenta treinar, tem de trabalhar e tem de juntar dinheiro para competir. E dureza!”, completa o atleta.

Nenhum desses problemas, porém, tira o já famoso humor da equipe de Brotas. Agora terceiros colocados na primeira etapa do Paulista, os meninos continuam fazendo questão de esbanjar simplicidade e alegria. No maior estilo Fogo na Bomba.

O Webventure realiza esta cobertura on line e oficial com patrocínio de Ford e apoio de By.