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BR Lubrax comenta o primeiro dia do Baja


A Honda XR 650 que Juca Bala está usando no Baja Fortaleza (foto: Divulgação)

Fortaleza A equipe BR Lubrax já chegou ao Ceará para participar do Baja Fortaleza com o piloto Juca Bala, na categoria Motos Super Prodution, com uma XR 650, e a dupla Klever Kolberg/Lourival Roldan, com um Mitsubishi Pajero Evolution na categoria Carros TT2. Esta é a 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de rali cross-country e está acontecendo neste feriado prolongado, até o dia 30 de abril.

O trabalho da equipe começou bastante tempo atrás, com a preparação dos veículos e embarque do material antecipadamente para Fortaleza. Quem mais sofreu com isso foi o piloto Juca Bala, que vem já fazendo um trabalho de preparação física, mas não vinha treinando com moto. Quando sua 650 ficou pronta, ela teve de embarcar para Fortaleza e Juca simplesmente não teve tempo de treinar e se adaptar a nova máquina.

Prólogo – No sábado, pilotos e equipamentos passaram por uma vistoria técnica. No início da noite, foi realizado um prólogo na praia de Iracema, com a presença de um grande público, mas também com chuva durante a apresentação das motos. Juca adotou a estratégia de cautela e fez apenas o 13º tempo. “Nestas provas de Baja é comum quem está na frente ter de abrir porteiras ou achar o caminho quando este não está devidamente sinalizado. Somando a minha inexperiência com a moto, preferi me poupar.”

Nos carros, Klever e Lourival ficaram com o terceiro tempo, atrás dos locais Roberto Silveira e Solon Mendes e da L200 de Ulysses Bertholdo: “ele foi flagrado cortando caminho, mas a organização, apesar da promessa de rigor para este tipo de atitude, decidiu ‘fechar os olhos’. Outro que também pisou na bola foi Reinaldo Varella, também por cortar caminho”.

Neste domingo, a prova começou de verdade, com três especiais. A primeira, com 48 km numa região que estava bastante alagada devido às fortes chuvas que estão acontecendo nesta área. Sem saber o resultado oficial do dia, os pilotos da equipe BR Lubrax fizeram os seguintes comentários após o término da etapa:

Juca Bala: “Adorei a moto, o motor é ótimo, não consome muito, faz muita curva e freia muito bem. Procurei me controlar devido à falta de treino. Na primeira especial, tivemos de arriscar ao cruzar algumas poças que se transformaram em pequenos lagos e até rios, as passagens não estavam bem sinalizadas. A segunda especial, com 80 km de dunas, foi muito forte e perdi tempo com a falta de sinalização. Minha sorte é que muita gente também se deu mal com este problema. O Jean, que vinha mais atrás, numa destas deu sorte e pegou gente voltando, perdida, e logo achou o caminho. O José Hélio, outro concorrente forte, também penou para achar o rumo. Na terceira especial, mais 35 km de dunas e trechos alagados, o mesmo problema, falta de sinalização e isso estraga nosso ritmo, mas estou bem e gostei da prova”, disse Juca.

Klever Kolberg: “Esta é a primeira vez que corro em Fortaleza. Na primeira especial, a dupla local Roberto Silveira e Solon Mendes não viu que chegamos neles, tendo largado quatro minutos mais tarde, e nos amarrou por 20 km até nos dar passagem no final do trecho. O resultado foi um estresse total, pára-brisa dianteiro trincado devido às pedras que vinham da frente e um pneu furado. Isso nos custou pelo menos um minuto em relação à L200 do Ulysses, um dos favoritos. Na segunda, fomos para as dunas, típicas desta região e que favorecem quem está correndo em casa. O Ulysses teve alguns problemas com a falta de experiência em areia, e conseguimos levar vantagem. Roberto Silveira e Solon Mendes andaram muito forte, fizeram praticamente o mesmo tempo que nós e, por enquanto, parecem ser nossos maiores adversários já que os outros, pelo menos do bolo da frente, parecem ter tido problemas.”

“As três S10 não foram bem, o Édio Fuchter bateu numa pedra e ficou sem cárter. A outra Mitsubishi L200 do Giba atolou e perdeu muito tempo para sair do buraco, abandonando a etapa. O Troller do Riamburgo Ximenes vinha forte, as dunas são seu quintal de casa e ele nos passou, arriscando tudo, mas acabou quebrando e fomos favorecidos por sua falta de sorte. Mas tem gente boa que se deu mal no prólogo, largou lá atrás e só mais tarde vou poder fazer uma comparação. Sobre a prova, posso dizer que está muito forte. Parabéns ao Dyonísio Malheiros, que lutou muito para isto acontecer”, disse Klever.

Lourival Roldan: “Para mim, a prova foi dura e emocionante. Pela primeira vez tivemos a oportunidade de andar com a Evolution, lutando contra todos os melhores pilotos do país. Eu pude ver a tocada do Klever, andando forte sem destruir o carro. Foi a primeira vez que participei de uma competição nas dunas, não imaginava que fossem tão perigosas. Também apareceram costelas de vaca, seqüências delas que, de longe, são difíceis de serem identificadas. Você chega rápido e é muito fácil de perder o controle e capotar. Eu sou navegador, esta foi a primeira prova de Baja que participei e hoje, em duas das três especiais, não tínhamos uma planilha. Tivemos que seguir bumpings (faixas plásticas amarradas em árvores ou estacas) ou pequenas placas com setas indicando o sentido e com bolas que indicam os lugares de maior perigo. Isso é muito ruim porque, às vezes, o vento ou alguém, sem querer, derruba a sinalização e nós acabamos ficando perdidos, tendo que procurar o caminho”, disse Lourival.

André Azevedo não está participando desta prova, pois a categoria caminhões não faz parte do evento.

A BR Lubrax equipe conta com o patrocínio de Petrobras, Mitsubishi Motors do Brasil e Pirelli, e o apoio de Eletronet, Carwin Acessórios, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Vista Criações Gráficas e Webventure.

Este texto foi escrito por: Webventure