Brasil 1 chegou em segundo na in port de Baltimore com ventos fracos (foto: Divulgação/ ZDL)
Os velejadores do Brasil 1 esperam ventos fracos no caminho de Baltimore até Nova Iorque, na sexta perna da Volvo Ocean Race. Foi nessas condições que o veleiro brasileiro conseguiu o segundo lugar na in port race do último sábado.
O Marcel [van Triest, navegador] fez um minibriefing hoje e o vento deve ser fraco também quando sairmos da Baía de Chesapeak. Além disso, devemos velejar bastante em vento de popa e isso é bom para nós, avaliou Kiko Pelicano.
Outro fator positivo, segundo os brasileiros, é a distância. Alguns chegaram a comparar as 400 milhas que separam as duas cidades americanas (740 km) com a regata Santos-Rio. Velejei 16 vezes a Santos-Rio e acho que essa próxima etapa vai ser mais ou menos parecida. O percurso tem o dobro do tamanho, mas o barco também tem o dobro do tamanho então acaba empatando, disse Kiko.
As 400 milhas devem ser completas em dois dias, segundo a previsão da equipe brasileira. Eu já fiz uma Santos-Rio em 23 horas, quando quebramos o recorde no tempo corrigido, mas também já fiz uma que durou 52, lembrou Pelicano, proeiro do Brasil 1.
Tensão – Mesmo mais curta, a perna vale o mesmo número de pontos que as outras na prova, o que aumenta a tensão e diminui qualquer possibilidade de erro, segundo o comandante Torben Grael.
É uma etapa estratégica, então precisamos de manobras perfeitas e todos atentos o tempo inteiro, algo que não é possível se fizermos os turnos, adiantou Grael, para avisar que ninguém irá dormir durante a perna. Com certeza vamos chegar mais cansados do que em uma perna normal por causa disso. Vai ser tensão e trabalho o tempo todo, comentou Pelicano.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 3, 2006