Brasil 1 antes do acidente com o mastro (foto: Divulgação/ ZDL)
O Brasil 1 não vai conseguir chegar até o segundo portão de pontuação desta perna da Volvo Ocean Race, a Ilha Eclipse. O veleiro brasileiro irá receber 600 litros de combustível e navegar até Fremantle, na costa australiana. Durante o trajeto a embarcação será escoltada por um barco pesqueiro.
A ajuda deve chegar nas próximas 48 horas e a viagem até terra firme está marcada para terminar na próxima quinta-feira. Na chegada o veleiro será desmontado e transportado para Melbourne, para então ser preparado para a regata In-port. Ontem o comandante brasileiro Torben Grael afirmou que a autonomia de combustível do Brasil 1 está em 36 horas.
Se tentassem velejar até o portão de pontuação, a tripulação iria perder muito tempo e a nova disputa em Melbroune poderia ficar comprometida. Ir até eclipse tomaria muito tempo, para somar apenas um ponto.Se fizéssemos isso, estaríamos correndo o risco de comprometer a participação nas duas próximas etapas, a regata local e a terceira perna, de Melbourne até Wellington. Então, achamos melhor não manter a ilusão de marcar esse ponto e chegar em terra o mais rapidamente possível, disse Grael.
Remendo – Neste momento o Brasil 1 veleja com o mastro improvisado, feito com partes do original, que quebrou em três partes. Estamos usando um pedaço superior do mastro que sobrou, com as velas de temporal. Mas andamos muito devagar, a cerca de 7 nós. Por enquanto, vamos velejar mais um pouquinho, enquanto o vento continuar forte e na direção certa. Quando isso mudar, vamos ligar o motor e velejar, informou o comandante.
O barco pesqueiro foi a solução encontrada pela direção do projeto para dar auxílio e garantir a chagada do Brasil 1. Ontem essa era uma preocupação de Grael. Queremos ter o barco pronto para a regata local (marcada para o dia 4 de fevereiro) e fazer toda a preparação para a terceira etapa (com largada no dia 12). Temos pouco tempo para isso e é justamente por esse motivo que estamos tentando fazer tudo o mais rapidamente possível. Nossa única dúvida fica por conta dos últimos dias. Vamos ter de conseguir auxilio para o último trecho porque não temos combustível para mais do que 400 milhas, disse.
Este texto foi escrito por: Webventure