Brasil 1 passou em terceiro pelo Cabo Horn (foto: Oskar Kihlborg/ VOR)
O Brasil 1 passou em terceiro lugar pelo portão de pontuação desta perna da Volvo, o Cabo Horn, no extremo sul das Américas. A região é conhecida por ser a mais perigosa do mundo para a navegação. Com o terceiro lugar, a equipe brasileira conseguiu 2,5 pontos na classificação geral da prova.
Em primeiro lugar passou o ABN Amro 1, seguido pelos Piratas do Caribe. O Brasil 1 assumiu hoje a terceira colocação depois de ultrapassar o espanhol Movistar, que teve problemas e quase afundou quando estava em segundo lugar. O Brasil 1, que vinha atrás, poderia ter sido chamado para prestar socorro.
Quando soubemos do problema, ficamos mais apreensivos, até porque poderíamos ter tido a necessidade de prestar socorro. Felizmente, eles conseguiram resolver o problema. Sinto muito por eles, pois já passamos por isso e sabemos qual a sensação. Espero que eles consigam resolver tudo da melhor maneira possível, disse Torben Grael.
A passagem pelo Horn requer comemoração e a tripulação abasteceu ainda na Austrália o veleiro com charutos e cachaça. A equipe tem outro motivo para comemorar. Nos últimos quatro dias o barco quebrou quatro vezes seu próprio recorde de singradura (milhas velejadas em 24 horas), que agora é de 532 milhas. O recorde da prova é de 563, do ABN Amro 2.
Segunda vez de Torben – Esta é a segunda passagem do comandante do Brasil 1 pelo Cabo Horn. A primeira foi em um cruzeiro em 1972. Era pequeno, mas foi uma grande experiência, que deixou algumas imagens bem fortes gravadas na memória, disse.
Grael comentou sobre a importância do Cabo Horn na história da navegação mundial. Em termos de vela, é um local difícil, em que enfrentamos condições difíceis, mas não é diferente do que já encontramos até agora, com muita onda e ventos de 40 nós. Mas foi um local chave para os grandes descobrimentos e para as grandes navegações que passaram por aqui, afirmou o comandante.
Temos uma outra etapa começando agora. A passagem pelo Horn significa a entrada no Oceano Atlântico e um novo regime de ventos. Começamos com uma ligeira desvantagem para os dois barcos da frente, mas essa diferença tende a diminuir um pouquinho, já que eles vão sofrer com ventos mais fracos lá na frente, disse.
Este texto foi escrito por: Webventure