O Brasil está fora do Mundial de rafting de 2.000. O terceiro lugar no 1º Campeonato Latino-Americano, encerrado no último domingo, na Costa Rica, tirou o país da disputa principal da modalidade. Só os dois melhores se classificariam. Em julho, na primeira edição do Mundial, os brasileiros, representados pela Canoar Master, ficaram em sétimo lugar.
Uma novela com final quase feliz. Assim se resume a participação do Brasil no Latino, com time misto – Canoar e Ativa Rafting -, sem treino e desconhecendo o rio Sarapiqui. “Eram seis caras que nunca tinham remado juntos na vida. E no rafting o conjunto conta mais”, resume Fernando Cela, da Ativa (veja entrevista abaixo). Além dele, a equipe catarinense cedeu Rivo Emílio Bielh Jr., Richard Petigel e Udilon Ewald. Da paulista Canoar juntaram-se ao time o capitão José Roberto Pupo e João Ramalho Jr., o Juneca.
Improviso – O Latino foi vencido pelos donos da casa, seguidos pelos mexicanos. Ambas as equipes estavam treinando há semanas no local da disputa. A Canoar e a Ativa ganharam a vaga para o campeonato ao ser, respectivamente, primeira e segunda colocadas no Brasileiro disputado em julho. Sem dinheiro para bancarem a própria viagem, já que a Confederação Brasileira de canoagem pagou apenas a inscrição, as equipes só decidiram se unir e participar às vésperas da competição.
Pelos problemas acumulados na viagem de 30 horas, vôos perdidos e falta de entrosamento, o terceiro lugar foi bem visto pelos brasileiros. “Valeu por representarmos o Brasil na primeira edição do campeonato e por trazermos medalhas, como a prata no slalom”, diz Pupo, da Canoar. “Mas ficou como uma grande lição para a confederação e para nós mesmos. Faltou organização.”
O Latino volta a ser realizado no ano que vem, novamente valendo vaga para o Mundial, e pode até acontecer no Brasil, no Itajaí.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira